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Manobra de capitão salvou milhares de vidas, diz advogado

Francesco Schettino é acusado de provocar o acidente do Costa Concordia

Por Da Redação
16 jan 2012, 16h55
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  • O advogado do capitão Francesco Schettino, Bruno Leporatti, afirmou nesta segunda-feira que o comandante do navio Costa Concordia, que naufragou próximo à ilha de Giglio, na costa italiana, na última sexta-feira, está “despedaçado, desanimado, entristecido pela perda de vidas e fortemente perturbado”.

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    Entenda o caso

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    1. • O navio Costa Concordia viajava com 4.234 pessoas quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, por volta das 21h30 do dia 13 de janeiro (hora local).
    2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água. O comandante teria tentado se aproxima da ilha, mas a embarcação encalhou em um banco de areia e virou.
    3. • Seis mortos foram confirmados até o momento; ainda há 16 desaparecidos.
    4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contamição da área do naufrágio.

    Mas, segundo o advogado, Schettino está, “mesmo assim, confortado pelo fato de que manteve durante aqueles momentos (do acidente) a lucidez necessária para pôr em prática uma manobra de emergência difícil, trazendo o navio para águas rasas”. A manobra, disse Bruno Leporatti em comunicado divulgado nesta segunda-feira, “salvou a vida de milhares de passageiros e membros da tripulação”.

    A declaração de Bruno Leporatti, porém, não faz referência às razões que teriam obrigado o capitão do Costa Concordia a fazer a alegada “manobra de emergência”. Para a promotoria do distrito de Grosseto, ao qual pertence a ilha de Giglio, ela só foi necessária devido a um “erro técnico” do capitão, que teria causado o naufrágio. Segundo o promotor Francesco Verusio, responsável pelo caso, Schettino estava na ponte de comando do transatlântico no momento do acidente e cometeu um “grave erro”, admitido pela empresa proprietária do navio.

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    O capitão permanece preso e deve ser indiciado por homicídio culposo múltiplo e abandono de navio com passageiros a bordo, entre outras acusações, de acordo com o promotor Verusio. Se for considerado culpado de todas as acusações, disse Verusio, ele pode ser condenado a até 15 anos de prisão.

    Nesta quinta-feira, Francesco Schettino será interrogado, confirmou seu advogado. Na audiência, um juiz da investigação preliminar do caso decidirá se ele continua detido. A decisão do magistrado deve ser influenciada pelos mais de 100 depoimentos de testemunhas, incluindo passageiros e tripulantes, que foram ouvidas até agora segundo o promotor Verusio.

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    Buscas – A operação de resgate por pessoas que ainda estão desaparecidas foi retomada no início da tarde desta segunda-feira, após ter sido interrompida por cerca de três horas em razão do mau-tempo e ondas fortes na área do acidente com o Costa Concordia, que deixou seis mortos.

    O presidente e CEO da Costa Cruzeiros, empresa dona do transatlântico, disse nesta segunda que não perdeu a esperança de encontrar mais sobreviventes do desastre. “A esperança é a última coisa que morre”, declarou Pier Luigi Foschi em entrevista coletiva na qual pediu desculpas pelo naufrágio repetidas vezes.

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    Foschi ainda previu que a empresa irá passar por um período difícil como resultado do desastre, mas acredita que sua reputação será restaurada. “Há um milhão de clientes fiéis que nos apoiam”, disse ele, citando mensagens de solidariedade de ex-passageiros.

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    Risco ambiental – Enquanto as buscas prosseguem, cresce o temor na Itália de que as 2.380 toneladas de combustível carregadas pelo navio vazem para o mar, provocando uma tragédia ambiental. O ministro italiano do Meio Ambiente, Corrado Clini, já afirmou que pode decretar situação de emergência na área do naufrágio. Ele confirmou que, nesta segunda, as equipes de resgate detectaram o vazamento de material líquido ainda não identificado em torno do transatlântico, que estava com os tanques cheios quando encalhou e tombou na última sexta-feira.

    Segundo Clini, ainda não é possível confirmar se o vazamento é de combustível, mas barreiras de proteção foram instaladas ao redor do Costa Concordia para evitar que um eventual vazamento maior se espalhe pela região, onde está localizado um dos principais parques marinhos do Mar Mediterrâneo, com águas cristalinas e grande diversidade de vida submersa.

    Onde fica

    Ilha de Giglio, Itália

    [googlemaps https://maps.google.com.br/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&geocode=&q=Giglio%20Island,%20Italya&aq=0&oq=Giglio%20island,%20&sll=-14.239424,-53.186502&sspn=78.403868,89.296875&vpsrc=6&ie=UTF8&hq=&hnear=Isola%20del%20Giglio%20Province%20of%20Grosseto,%20Tuscany,%20Rep%C3%BAblica%20Italiana&t=k&ll=42.358544,10.898438&spn=11.362352,26.806641&z=5&iwloc=A&output=embed&w=100%&h=480%5D

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