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Recomeça o resgate em transatlântico naufragado

Buscas haviam sido interrompidas devido ao mau tempo; ainda há 16 desaparecidos

Por Da Redação
16 jan 2012, 12h55

Mergulhadores retomaram no início da tarde desta segunda-feira as operações de busca pelos 16 desaparecidos no acidente com o transatlântico Costa Concordia, que naufragou em frente à ilha italiana de Giglio na última sexta-feira. As operações haviam sido interrompidas mais cedo por causa do mau tempo e de ondas que ameaçavam a estabilidade do barco.

Entenda o caso

  1. • O navio Costa Concordia viajava com 4.234 pessoas quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, por volta das 21h30 do dia 13 de janeiro (hora local).
  2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água. O comandante teria tentado se aproxima da ilha, mas a embarcação encalhou em um banco de areia e virou.
  3. • Seis mortos foram confirmados até o momento; ainda há 16 desaparecidos.
  4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contamição da área do naufrágio.

“Retomamos as operações de busca depois de termos verificado que o barco se estabilizou”, assegurou o porta-voz dos bombeiros, Luca Cari, ressaltando que o vento na região cessou e que parou de chover. O resgate foi suspenso por cerca de três horas devido ao temor de que o barco deslizasse e caísse dos 37 metros de profundidade em que está tombado para uma fossa de 70 metros.

Galeria de fotos: As impressionantes imagens do naufrágio do transatlântico

Caso isso acontecesse, o transatlântico ficaria completamente submerso, o que acabaria com as esperanças de poder encontrar mais sobreviventes. Pelo menos 16 pessoas seguem desaparecidas. “Nossa esperança é que tenha sido criada no barco alguma bolha de ar”, afirmou o prefeito de Giglio, Sergio Ortelli.

Até agora seis mortes foram confirmadas. Entre as vítimas, há quatro turistas – dois franceses, um italiano e um espanhol – e um integrante da tripulação peruano. A sexta vítima foi localizada a bordo do barco na madrugada desta segunda-feira, mas não foi identificada devido ao fato de não ter sido retirada do navio. As equipes de resgate estão encontrando muita dificuldade na busca pelas vítimas devido ao tamanho do navio.

Capitão – O presidente e CEO da Costa Cruzeiros, empresa proprietária do Costa Concordia, afirmou nesta segunda-feira que o capitão da embarcação, Francesco Schettino, quebrou as regras em um erro “inexplicável”. Segundo Pier Luigi Foschi, o percurso que o capitão decidiu seguir foi definido por “sua própria iniciativa”, o que contraria as “regras escritas da empresa”.

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“Ele realizou uma manobra que não tinha sido aprovada por nós e nos dissociamos de tal comportamento”, acrescentou. Apesar disso, Foschi também pediu prudência antes de julgar as ações do capitão após o desastre, afirmando que existem “testemunhas confiáveis que comprovaram que ele que ficou a bordo muito tempo”.

A Costa Cruzeiros, maior empresa europeia do setor, afirmou no domingo em um comunicado que, aparentemente, o capitão Schettino havia “cometido erros de julgamento que tiveram sérias consequências”. “Se tivesse ocorrido um problema técnico, o alarme teria soado”, disse Foschi. “Não houve problema com a segurança no navio. Ele tem características de segurança muito seguras”.

Reputação – Pier Luigi Foschi previu ainda que a empresa irá passar por um período difícil como resultado do desastre, mas acredita que sua reputação será restaurada. “Há um milhão de clientes fiéis que nos apoiam”, disse ele, citando mensagens de solidariedade de ex-passageiros.

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Ao estimar o custo imediato e direto do acidente em 93 milhões de dólares,o executivo afirmou que a Costa Cruzeiros tem bases financeiras sólidas. “Temos 24 mil funcionários para proteger”, disse, descartando qualquer mudança de longo prazo na indústria de cruzeiros. Foschi afirmou ainda que não sabe se o Costa Concordia sofreu uma “perda total” ou se poderá ser recuperado para voltar ao serviço.

Risco ambiental – O ministro italiano do Meio Ambiente, Corradio Clini, afirmou que o acidente com o Costa Concordia traz um “alto” risco de desastre ecológico para a ilha italiana de Giglio e pediu uma “intervenção urgente” para evitar que sejam derramadas as 2.380 toneladas de combustível da embarcação encalhada. Clini confirmou que um líquido ainda não identificado vazou da embarcação e apareceu em torno do navio – mas o derrame não preocupa, por enquanto.

Apesar disso, ele ressaltou que “toda a região corre alto risco”, após lembrar que o arquipélago da Toscana, formado por sete ilhas, é uma das regiões mais protegidas e delicadas da Itália e, desde 1996, é o maior parque marinho da Europa. “Tudo depende das correntes. A ilha, talvez todo o arquipélago, e a costa estão ameaçados”, acrescentou.

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Leia também: Em um navio tão grande, ‘é impossível salvar todo mundo’

Onde fica

Ilha de Giglio, Itália

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