Malaysia Airlines cancela promoção de “países para visitar antes de morrer”
A companhia asiática sofreu neste ano dois desastres aéreos que custaram a vida de 537 pessoas. Empresa se desculpou com os familiares das vítimas
A companhia aérea Malaysia Airlines voltou a ser alvo de protestos dos familiares das vítimas dos voos MH370, que se acidentou durante uma viagem de Kuala Lumpur a Pequim, e MH17, derrubado por um míssil russo no leste da Ucrânia. Mesmo com o histórico recente das tragédias, a empresa lançou uma promoção que perguntava quais eram os países que os seus passageiros gostariam de visitar antes de morrer. Intitulado “Minha Última Lista de Tarefas Antes de Morrer”, o concurso prometia distribuir passagens para a Austrália e Nova Zelândia, mas foi criticado por ser “inapropriado” e de “péssimo gosto”, segundo o jornal The Guardian. Juntas, as tragédias aéreas provocaram a morte de 537 pessoas.
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Após ser duramente criticada, a empresa emitiu uma nota reconhecendo que a promoção não era adequada para o momento. Equipes de busca ainda estudam formas de encontrar os destroços do voo MH370, enquanto especialistas internacionais aguardam uma trégua nos conflitos do leste ucraniano para investigar mais a fundo o desastre envolvendo o MH17. “A companhia aérea entende e respeita os sentimentos do público e assegura que em nenhum momento quis ofender nenhum dos envolvidos”, diz o comunicado da Malaysia Airlines.
O concurso da empresa agora se chama “Ganhe um iPad ou um voo para a Malásia”. O Guardian destaca que a Malaysia Airlines tem enfrentado uma série de dificuldades para vender passagens após os dois desastres aéreos. A companhia já passava por uma delicada crise financeira antes de ter as suas finanças sacudidas pelas tragédias. Analistas dizem que a Malaysia não conseguiu acompanhar os avanços da concorrência no mercado financeiro asiático. Recentemente, a empresa demitiu 6.000 funcionários e precisou redefinir as rotas de viagem em que opera.