Mais 7 corpos são achados após ataque talibã a aeroporto
Eles estavam em câmara frigorífica. Com isso, número de mortos na cidade de Karachi chega a 38 - entre eles todos os 15 terroristas envolvidos, diz governo
O número de mortes provocadas pelo ataque terrorista do Talibã ao maior aeroporto do Paquistão, neste domingo, na cidade de Karachi, subiu para 38 depois que sete corpos foram encontrados em uma câmara frigorífica. Os corpos de sete trabalhadores do terminal foram encontrados na madrugada desta terça e os indícios mostram que os insurgentes os fecharam na câmara e lançaram uma granada antes de trancar as portas, segundo um agente da polícia paquistanesa.
De acordo com o governo local, entre os 38 mortos estão 15 terroristas. O atentado suicida começou na meia-noite de domingo para segunda-feira e durou cerca de 12 horas, durante as quais o aeroporto virou o praça de guerra. O terminal aéreo foi fechado imediatamente e só voltou a funcionar na tarde desta segunda.
Pouco antes da meia-noite, os talibãs chegaram ao local usando uniformes da guarda aeroportuária e passaram pelos controles de segurança exteriores. Depois passaram pela área de check in e se dirigiram para a área de espera dos passageiros, onde abriram fogo contra as forças de segurança aeroportuária.
Os radicais chegaram às pistas e aos hangares, onde tentaram incendiar caminhões-tanques e trocaram tiros com polícia e militares. Um último grupo de três talibãs se isolou em um hangar e, após serem encurralados, dois deles se suicidaram detonando explosivos e o terceiro continuou atirando até que foi atingido e morto pelas forças de segurança, pouco antes do meio-dia (madrugada em Brasília).
Um porta-voz do Talibã paquistanês, Shahidulah Shahid, assumiu a autoria do ataque e o justificou como uma “reação ao assassinato de gente inocente nos bombardeios (do Exército) nas aldeias”. A Força Aérea do Paquistão bombardeou durante a madrugada desta terça a região tribal de Khyber, no noroeste do país, e matou 15 insurgentes, afirmaram fontes do governo.
(Com agência EFE)