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Macron sai de cima do muro e anuncia medidas para agradar a direita

Políticas incluem desde uso obrigatório de uniformes nas escolas até incentivo ao aumento da taxa de natalidade no país

Por Da Redação
17 jan 2024, 13h03

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça-feira, 16, uma série de medidas defendidas por políticos de direita, incluindo o uso obrigatório de uniformes nas escolas, a repressão às gangues de narcotráfico e o incentivo ao aumento da taxa de natalidade no país. Por duas horas e meia, Macron se dirigiu a mais de 100 repórteres no Palácio do Eliseu, onde comunicou quais temas assumirão os holofotes dos seus últimos três anos de mandato.

A retomada do espírito reformista ocorre uma semana após a indicação de Gabriel Attal, de 34 anos, ao cargo de primeiro-ministro, antes ocupado por Élisabeth Borne. O gabinete do recém-nomeado apresenta um perfil mais próximo à direita, na contramão dos seus antecessores. 

Na imprensa, a repercussão foi polarizada: enquanto o jornal progressista Libération definiu o discurso como uma “visão ultrapassada, para não dizer conservadora” da França, o conservador  Le Figaro ponderou que “o presidente rompeu abertamente com a oscilação perpétua que tem caracterizado a sua política. Nunca esteve tão perto das expectativas do público – e por isso devemos estar felizes”.

A guinada acontece em meio ao aumento da popularidade da ultradireitista Marine Le Pen, sua rival nas eleições 2022, nas pesquisas de intenção de voto para a próxima ida às urnas. Acredita-se que o partido Reagrupamento Nacional (RN), integrado por Le Pen, seja o favorito nas eleições do Parlamento Europeu, marcadas para junho deste ano.

+ A França de cara nova: a hora do primeiro-ministro Gabriel Attal

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Propostas de Macron

No campo do “rearmamento cívico”, Macron defendeu que os valores republicanos deveriam ser transmitidos às crianças em idade escolar para que seja possível  “a França permanecer como França”. Ele também adiantou que o uso obrigatório de uniforme seria implementado até 2026, caso a experiência em 100 centros de ensino seja bem-sucedida no próximo ano.

“Cada geração deve aprender o que a República significa – uma história, deveres, direitos, uma língua, respeito… e deve aprender isso desde a infância”, disse.

Ainda na Educação, o líder francês apoiou o aprendizado do hino nacional nas escolas, bem como o serviço cívico obrigatório para jovens de 16 anos. Ele também endossou cerimônias de entrega de diplomas e o controle do tempo de tela de crianças, uma orientação apoiada por um relatório da Unesco.

Frente à pior queda de natalidade desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com apenas 700 mil nascimentos, Macron também prometeu políticas mais “natalistas”, como maior acesso a tratamentos tratamentos de fertilidade e a criação de um sistema de adoção mais generoso e menos complexo.

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