O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta quinta-feira, 16, um decreto que determina a obrigatoriedade do “passaporte sanitário” da Covid-19 para todos os trabalhadores do país, medida que entrará em vigor em 15 de outubro.
Com o sinal verde dado pelo gabinete, o país se tornará o primeiro a adotar a exigência do certificado para que sejam exercidas as atividades profissionais, seja no âmbito público ou no privado.
O ministro de Administrações Públicas, Renato Bruneta, afirmou, em entrevista coletiva, que o a Itália “se coloca na vanguarda do mundo” com a decisão, visando atravessar o inverno em boa situação de segurança e evitar fechamentos de setores.
O titular da pasta afirmou também que a medida aprovada têm objetivo de proteger a retomada da economia, que segundo estimativas deve crescer em torno de 6% em 2021, após uma queda de 8,9% em 2020.
Chamado de “passaporte verde” pelos italianos, o certificado válido em papel ou digital, mostra quem recebeu ao menos uma das doses da vacina contra a Covid-19, contraiu a doença ou teve resultado negativo em teste feito nas últimas 48 horas.
O passe foi implementado pelo governo do premiê Mario Draghi em 5 de agosto, início do verão europeu, para tentar prevenir infecções e encorajar as pessoas a se vacinarem. Inicialmente, foi necessário para entrar em muitos locais culturais e de lazer, mas seu escopo tem sido gradualmente ampliado, sendo obrigatório inclusive para quem viaja em trens de alta velocidade, aviões, balsas e ônibus inter-regionais.
O ministro do Trabalho, Andrea Orlando, por sua vez, garantiu que as pessoas que não apresentarem o certificado digital ou utilizarem um falsificado, serão multadas e podem até ser suspensas do trabalho, embora não haverá risco de demissão.
“O objetivo é aumentar a segurança nos locais de trabalho”, garantiu o titular da pasta.
A Itália, atualmente, tem 74,61% da população com mais de 12 anos com esquema completo de vacinação contra a Covid-19. Ao todo, o país soma 4,62 milhões de casos de Covid-19, incluinco cerca de 130.000 mortes.