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Irã diz ter atacado ‘quartel-general de espionagem’ de Israel no Iraque

Guarda Revolucionária também fez disparos na Síria contra o Estado Islâmico, que assumiu autoria de um ataque terrorista em território iraniano neste mês

Por Da Redação
16 jan 2024, 10h11

A Guarda Revolucionária do Irã disse ter atacado o quartel-general de espionagem de Israel no Curdistão, região semiautônoma do Iraque, na noite de segunda-feira 15, além de fazer disparos contra alvos do Estado Islâmico na Síria. Os ataques ocorrem em meio a temores de que a guerra Israel-Hamas na Faixa de Gaza transborde para outros países do Oriente Médio, enquanto aliados de Teerã no Líbano, Síria, Iraque e Iêmen entram na briga.

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“Em resposta às recentes atrocidades do regime sionista, que causou a morte de comandantes da Guarda e do Eixo da Resistência [como o Irã chama seus aliados anti-Israel], um dos principais quartéis-generais de espionagem do Mossad [agência de inteligência israelense] na região do Curdistão iraquiano foi destruído com mísseis balísticos”, disse a Guarda iraniana em comunicado.

Os ataques ocorreram no nordeste da capital do Curdistão, Erbil, em uma área residencial perto do consulado dos Estados Unidos. Autoridades do governo israelense ainda não comentaram sobre o caso.

Estado Islâmico

Além disso, a Guarda Revolucionária afirmou que “disparou uma série de mísseis balísticos na Síria e destruiu os autores de operações terroristas” no Irã, incluindo o Estado Islâmico. O grupo, que aterrorizou o Oriente Médio ao longo dos anos 2010 mas perde força desde 2017, assumiu a autoria de duas explosões em território iraniano neste mês, que mataram quase 100 pessoas e feriram outras dezenas durante uma cerimônia de homenagem ao general Qassem Soleimani – assassinado pelos americanos em 2020.

“Garantimos à nossa nação que as operações ofensivas da Guarda continuarão até vingar as últimas gotas de sangue dos mártires”, disse o comunicado.

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O Irã já tinha prometido vingança pelo assassinato de três membros da Guarda na Síria no mês passado, incluindo um alto comandante. Na época, a mídia estatal iraniana disse que eles foram mortos em um ataque aéreo israelense, o que Tel Aviv nem confirmou nem negou.

Críticas dos Estados Unidos

O Departamento de Estado americano condenou os ataques perto de Erbil, chamando-os de “imprudentes”, mas as autoridades disseram que nenhuma instalação dos Estados Unidos foi atingida e não houve vítimas americanas.

“Os Estados Unidos apoiam a soberania, a independência e a integridade territorial do Iraque”, disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em comunicado.

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Enquanto isso, o primeiro-ministro curdo-iraquiano, Masrour Barzani, condenou o ataque a Erbil como um “crime contra o povo curdo”. Pelo menos quatro civis foram mortos e seis feridos nos ataques, segundo o conselho de segurança do governo do Curdistão, incluindo o empresário multimilionário Peshraw Dizayee e membros de sua família. Outro foguete caiu sobre a casa de um alto funcionário da inteligência curda e mais um atingiu um centro de inteligência. Os voos do aeroporto de Erbil foram interrompidos.

Teerã no centro de tudo

O Irã, que apoia o Hamas na guerra com Israel, acusa os Estados Unidos de apoiarem o que qualifica como “crimes israelenses em Gaza”. Os Estados Unidos afirmaram que apoiam Tel Aviv e seu direito à autodefesa, mas levantaram preocupações sobre o número de civis palestinos mortos.

No passado, a Guarda Revolucionária já havia realizado ataques na região do Curdistão iraquiano, dizendo que a área é usada como base para grupos separatistas iranianos, bem como para agentes do seu arqui-inimigo Israel.

Bagdá tentou responder às preocupações de Teerã, realocando forças para a região como parte de um acordo de segurança assinado em 2023.

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