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Irã prende suspeitos de explodir bombas que mataram ao menos 89

Após Estado Islâmico reivindicar autoria dos atentados, Teerã afirmou que 'vários indivíduos' foram presos em cinco províncias diferentes

Por Da Redação
5 jan 2024, 13h03

O ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, afirmou nesta sexta-feira, 5, que vários suspeitos foram presos pelos ataques com bomba que atingiram a cidade de Kerman, no sul do país, há dois dias. A autoria dos atentados foi reivindicada pelo Estado Islâmico.

“As agências de inteligência competentes do nosso país encontraram pistas muito boas sobre os elementos envolvidos nas explosões terroristas em Kerman e uma parte daqueles que tiveram um papel neste incidente foram presos”, disse ele, sem dar mais detalhes, em entrevista à televisão estatal.

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O vice-ministro do Interior, Majid Mirahmadi, também afirmou que “vários indivíduos” foram detidos, acrescentando que as prisões ocorreram em cinco cidades em cinco províncias diferentes.

“Detalhes serão anunciados nas próximas horas”, informou a agência de notícias estatal.

Luto e vingança

Também nesta sexta-feira, o Estado iraniano realizou alguns funerais para homenagear as vítimas dos atentados, cobrindo seus caixões com bandeiras do país diante de uma multidão de enlutados.

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+ União Europeia condena ‘ato de terrorismo’ após explosões no Irã

Em várias cerimônias na cidade de Kerman, palco das explosões de quarta-feira, de acordo com imagens da televisão estatal, os presentes gritaram “vingança, vingança”, bem como “Morte à América!” e “Morte a Israel!” – embora tenha sido o Estado Islâmico a reivindicar a autoria dos mais sangrentos ataques no Irã desde a Revolução Islâmica, em 1979.

Depois de baixar o número de mortos de 103 para 84, Teerã voltou a subir o valor para 89 nesta sexta. As vítimas perderam a vida devido a duas explosões que atingiram a multidão durante uma cerimônia de homenagem ao general Qassem Soleimani, que foi assassinado no Iraque em 2020 por um drone dos Estados Unidos.

Estado Islâmico

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou em um discurso que o país teria uma resposta contundente aos ataques – “Nossas forças decidirão o local e o momento de agir” –, sendo ecoado pelo comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami – “Encontraremos você onde quer que você esteja”.

Em 2022, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque mortal a um santuário xiita no Irã, que matou 15 pessoas. Cinco anos antes, o grupo teve como alvo o parlamento iraniano e o túmulo do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini.

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Tensão no Oriente Médio

As explosões ocorreram em meio a um clima tenso na região, ao passo que a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa Gaza se aproxima da marca dos três meses. Há intensas trocas de tiros entre as forças de Tel Aviv e o Hezbollah, um grupo xiita anti-judeu apoiado pelo Irã, no sul do Líbano, e na terça-feira 2, o número 2 da ala política do Hamas foi assassinado em Beirute, capital libanesa, aumentando ainda mais a animosidade na fronteira norte de Israel.

Além disso, os rebeldes de etnia houthi, do Iêmen, que desde 2014 travam uma guerra civil contra o governo oficial, intensificaram ataques e sabotagens contra navios no Mar Vermelho que aportariam em Israel, como forma de apoiar o Hamas na guerra.

+ Após explosões no país, Irã diz que atacou exército de Israel em Gaza

Na quinta-feira 4, um quartel-general da Força de Mobilização Popular, uma milícia islâmica iraquiana apoiada pelo Irã, foi atingido pelos Estados Unidos no centro de Bagdá, e um de seus comandantes de alto escalão morreu.

Todos esses acontecimentos, mais do que nunca, ameaçam fazer a guerra em Gaza transbordar para o resto do Oriente Médio.

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