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Incêndios florestais na Califórnia já deixaram 31 mortos

Cerca de 228 pessoas ainda estão desaparecidas; mais de 8.000 bombeiros federais, estaduais e locais tentam combater o fogo

Por Da Redação
Atualizado em 12 nov 2018, 09h11 - Publicado em 12 nov 2018, 08h52

O número de mortes provocadas pelos incêndios florestais que têm assolado a Califórnia, nos Estados Unidos, subiu para 31 neste domingo 11, depois que mais seis pessoas foram encontradas mortas.

Camp Fire, que afeta uma ampla região do condado de Butte, em Sierra Nevada, ao norte da capital do estado, Sacramento, é o maior e mais devastador de vários incêndios ativos no estado. O fogo já obrigou mais de 250.000 pessoas a deixarem suas casas e destruiu 6.400 casas na cidade de Paradise.

Ao sul, o Woosley Fire afeta os condados de Ventura  onde fica a cidade de Malibu, residência de várias estrelas de Hollywood  e de Los Angeles.

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No domingo, os corpos de cinco pessoas foram encontrados em casas consumidas pelo fogo e o sexto foi encontrado em um veículo no norte da Califórnia, disse o chefe de polícia do condado de Butte, Kory Honea.

Cerca de 228 pessoas ainda estão desaparecidas, disse Honea, enquanto 137 foram localizadas após amigos ou familiares terem afirmado que não tinham conseguido entrar em contato com elas.

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Ventos quentes que devem continuar até terça-feira 13 alimentaram as chamas e aumentaram a urgência de ordens de retirada, disseram autoridades.

Agora os bombeiros que lutam no sul contra o Woolsey Fire se preparam para a chegada dos perigosos ventos de Santa Ana (secos e quentes), que poderiam alastrar as chamas, segundo as autoridades.

“Hoje temos mais de 8.000 bombeiros federais, estaduais e locais nas linhas de frente”, afirmou Scott Jalbert, comandante do corpo de bombeiros californiano. “Infelizmente, com estes ventos, não terminou. Tenham cuidado”, completou.

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O mais devastador

Alimentado pelos ventos, o Camp Fire se tornou o incêndio mais devastador já registrado na Califórnia. O fogo destruiu, inclusive, um hospital em Paradise, cidade de 27.000 habitantes.

As chamas destruíram 45.000 hectares e foram contidas em apenas 25%, de acordo com os bombeiros, que calculam que precisarão de três semanas para controlar totalmente a situação.

Apesar da causa do incêndio ainda não ter sido oficialmente determinada, autoridades do setor elétrico informaram que um corte de energia perto do local de origem das chamas foi registrado, noticiou o jornal Sacramento Bee.

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Segundo as autoridades locais, a propagação das chamas foi mais rápida desta vez do que em incêndios registrados em outros anos.

“Há 10 ou 20 anos você ficava em casa quando acontecia um incêndio e era capaz de ficar protegido”, disse o comandante dos bombeiros do condado de Ventura, Mark Lawrenson.”Mas as coisas não são como eram. A taxa de propagação é exponencialmente maior do que era: por favor, considerem as ordens de evacuação”, disse.

O governador da Califórnia, Jerry Brown, também falou sobre o cenário: “Este não é novo normal, este é o novo anormal. E este novo anormal continuará nos próximos 10, 15 ou 20 anos”.

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“Infelizmente, a melhor ciência nos diz que o calor, a seca, todas estas coisas ficarão mais intensos”.

O governador eleito Gavin Newson declarou estado de emergência para levar ajuda às zonas mais afetadas.

Críticas de Trump

O presidente Donald Trump acusou as autoridades locais de má gestão florestal. “Não há motivos para estes incêndios grandes e mortais na Califórnia, exceto que a gestão florestal é muito ruim”, escreveu no Twitter no sábado.

“Bilhões de dólares são dados a cada ano, com tantas vidas perdidas, tudo por causa da má administração das florestas. Consertem agora ou não acontecerão mais pagamentos do Fed”, disse, sobre o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos, o sistema de bancos centrais dos Estados Unidos.

Brian Rice, diretor dos Bombeiros Profissionais da Califórnia, classificou os comentários de “desinformados, inoportunos e humilhantes para aqueles que estão sofrendo”.

Também disse que as afirmações do presidente sobre má gestão florestal “são perigosamente equivocadas”.

(Com Reuters e AFP)

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