Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Haiti clama por ajuda após terremoto deixar 1.941 mortos no último sábado

Além do forte tremor, país teve que enfrentar fortes chuvas e inundações causadas pela tempestade tropical Grace

Por Da Redação Atualizado em 18 ago 2021, 17h34 - Publicado em 18 ago 2021, 17h11

A pressão por uma atitude coordenada no Haiti aumentou nesta quarta-feira, 18. Após o terremoto de 7,2 graus de magnitude no último sábado, o país enfrentou ainda chuvas fortes e inundações ocasionadas pela tempestade tropical Grace. Até o momento, 1.941 pessoas morreram e mais de 9.900 estão feridas.

A ajuda estrangeira está chegando no país de maneira lenta, ao mesmo tempo que os médicos não estão conseguindo dar conta da enorme quantidade de feridos que chegam aos abrigos improvisados diariamente. Multidões enfurecidas têm se reunido nos prédios destruídos pedindo lonas para se abrigar e exigindo que mais desses abrigos possam ser criados.

O terremoto do último sábado afetou diretamente a vida de mais de 136.000 famílias, que ficaram desabrigadas após a destruição de mais de 60.000 casas. Além das construções que foram totalmente destruídas, outros 76.000 prédios tiveram suas estruturas danificadas, inclusive hospitais, o que dificulta ainda mais o trabalho dos médicos. 

Além disso, parte da fonte de renda e alimento da qual grande parcela da população pobre depende foi destruída com o tremor, potencializando os problemas dos haitianos que já convivem diariamente com a pandemia descontrolada da Covid-19, a violência de gangues e o assassinato do então presidente Jovenel Moïse, em julho. 

Continua após a publicidade

A turbulência política, inclusive, tem sido mais um fator que atrapalha as equipes de resgate. As principais rodovias que levam a Les Cayes, cidade mais próxima do epicentro, são controladas pelas gangues locais. Apesar do cessar-fogo de uma semana anunciado pelo grupo, a situação ainda não está sob controle. 

Na comunidade de L’Asile, o hospital público está lotado de pessoas que não param de chegar com braços e pernas quebrados. A pobreza local, as estradas em péssimo estado e a crença local na medicina natural pioram ainda mais os problemas. Cerca de metade das construções foram destruídas e 90% foi afetada de alguma maneira na região. 

Na zona rural de L’Asile, nenhuma casa num raio de 16 quilômetros ficou de pé após os tremores. Além disso, há relatos de pelo menos 150 deslizamentos de terra. Esses deslizamentos são responsáveis por matar grande parte dos animais rurais dos quais as famílias dependem para sobreviver, como cabras, galinhas e vacas. 

Continua após a publicidade

Em Les Cayes, o hospital, que já estava lotado, precisou abrigar um grande número de pessoas que estavam do lado de fora aguardando atendimento após fortes chuvas ocasionadas pela tempestade tropical atingirem a região. 

A ONU anunciou que oito milhões de dólares em fundos emergenciais serão doados para auxiliar no tratamento dos feridos. Vários países da América também têm providenciado a doação de materiais hospitalares, comida e água, como Venezuela, México, Chile, Colômbia e República Dominicana. Os Estados Unidos também enviaram suprimentos e helicópteros da guarda costeira para ajudar nos resgates. 

O Haiti é um dos países mais pobres do continente americano e frequentemente depende de ajuda estrangeira para lidar com os desastres naturais. Em 2010, um outro terremoto dizimou a capital Porto Príncipe e deixou mais de 200 mil mortos. 11 anos depois, o país ainda não se recuperou completamente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.