O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta sexta-feira, 13, a morte da carioca Karla Stelzer Mendes, terceira brasileira que estava desaparecida após o ataque sem precedentes do Hamas a Israel. Assim como as outras duas vítimas fatais – o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e a carioca Bruna Valeanu –, Karla também participava da festa rave no último sábado, 7, quando o grupo terrorista iniciou os atentados.
“O Governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, terceira vítima fatal brasileira dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o Governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, disse o Itamaraty em nota.
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Karla, que nasceu no Rio de Janeiro e tem cidadania israelense, morava no país com o namorado, Gabi Azulay, com quem se relacionava havia seis anos. Ele estava na mesma rave, e também morreu. A carioca tinha um filho de 19 anos, que é membro do exército local.
A festa de música eletrônica Universo Paralello tornou-se palco para tragédia e carnificina quando os terroristas do Hamas chegaram. Equipes de resgate encontraram ao menos 260 corpos no local onde era realizado o evento de música eletrônica.
De acordo com os presentes, o ataque provocado pelo Hamas começou com foguetes e foi seguido por tiros disparados contra a multidão. Por se tratar de um local aberto, as pessoas não tinham onde se abrigar.
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Também estava na rave a brasileira Bruna, que vivia em Israel há oito anos e estudava comunicação e marketing. Nascida no Rio e com nacionalidade israelense, sua última comunicação com a família foi no sábado por volta das 9h, quando contou ter testemunhado disparos e mortes à sua volta.
O último brasileiro confirmado morto, Ranani, desapareceu quando a festa Universo Parallello foi invadida por homens armados no sábado, 7. O evento de música eletrônica acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Ele morava em Israel havia sete anos, tinha cidadania israelense e prestou serviço militar no país.