Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Golpe no Níger: Junta militar acusa França de violar espaço aéreo do país

Sem apresentar provas, porta-voz do governo provisório alegou que franceses teriam libertado "terroristas"

Por Da Redação
9 ago 2023, 15h22

A junta militar que derrubou o presidente do Níger e tomou controle do país acusou nesta quarta-feira, 9, a França de violar o espaço aéreo local como forma de provocar uma desestabilização nacional. Sem apresentar provas, o coronel Amadou Abdramane, porta-voz do governo provisório, alegou também que franceses teriam libertado “terroristas”, durante discurso televisionado nacionalmente. 

Em julho, militares destituíram o presidente nigerense, Mohamed Bazoum, sob alegações de falta de segurança e de crise econômica no país, em meio a ataques crescentes do Estado Islâmico. A queda do governo seria sucedida, então, pela instauração de um novo governo militar, organizado pelo Conselho Nacional de Salvaguarda do País (CNSP).

“Os golpistas alegam falsamente que agiram para proteger a segurança do Níger. Eles alegam que nossa guerra contra os terroristas jihadistas está fracassando e que meu governo econômico e social, incluindo alianças com os Estados Unidos e a Europa, prejudicou nosso país. Na verdade, a situação de segurança no Níger melhorou dramaticamente”, disse Bazoum ao jornal americano The Washington Post, após o golpe.

+ Paris prepara retirada de franceses e europeus do Níger após golpe militar

Continua após a publicidade

Com a instabilidade política no território nigerense, o Ministério das Relações Exteriores da França anunciou, na semana passada, que iniciaria os processos de retirada de seus cidadãos e de outros europeus. A situação em Niamei, capital do Níger, seria fonte de preocupações, já que manifestantes realizaram intensos protestos em frente à embaixada francesa para contestar a influência pós-colonial na nação da África Ocidental, escalando os problemas diplomáticos.

Aderindo ao discurso antifrancês, o regime militar afirmou nesta quarta-feira que Paris teria “um verdadeiro plano para desestabilizar” o Níger. O comunicado do CNSP alega, ainda, que a “aeronave cortou voluntariamente todo o contato com o controle de tráfego aéreo”, entre 6h39 e 11h15, no horário local. 

A declaração, no entanto, foi veementemente negada por um funcionário do governo de Emmanuel Macron, presidente da França, em depoimento à agência de notícias AFP. Segundo a fonte, o voo “foi autorizado e coordenado com o exército nigeriano” e “nenhum terrorista foi libertado pelas forças francesas”.

Continua após a publicidade

+ Presidente do Níger pede ajuda aos EUA após golpe: ‘País está sob ataque’

Desde a tomada de poder, a junta militar revogou uma série de acordos com a França, uma decisão que não é oficialmente reconhecida pelo governo de Emmanuel Macron, já que não teria sido empregada pelo presidente legítimo do país.

Em uma tentativa de amenizar o conflito, os chefes de Estado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental discutirão nesta quinta-feira, 10, caminhos para restaurar a ordem constitucional no Níger, incluindo medidas mais drásticas, como o emprego da força. Até o momento, propostas de paz elaboradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por diplomatas foram recusadas pelo CNSP. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.