‘Fora da corrida’: Jordan perde disputa para presidência da Câmara dos EUA
Em votação secreta, os republicanos decidiram nesta sexta-feira, 20, abandonar a candidatura do deputado Jim Jordan ao cargo
Em votação secreta, os republicanos decidiram nesta sexta-feira, 20, em abandonar a candidatura de Jim Jordan à presidência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.
Informações da emissora americana CNN indicam que os interessados em ocupar o cargo terão até este domingo, 22, para oficializar a candidatura. Na próxima segunda-feira, 23, o partido decidirá qual será o seu novo nomeado – o terceiro desde que Kevin McCarthy foi destituído, em 3 de outubro.
“Jim Jordan está fora da corrida. Devemos voltar para um fórum de candidatos na segunda-feira às 18h30”, informou a deputada Marjorie Taylor Greene a repórteres.
Jordan enfrentou uma terceira rodada de votação na manhã desta sexta-feira, na qual recebeu apenas 194 votos, 21 aquém dos 215 necessários. A rejeição dentro do partido também cresceu: 25 republicanos votaram contra a candidatura, três a mais do que na segunda rodada de votos.
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Sua desistência abre espaço para que o presidente do Comitê de Segurança Interna, Mark Green, um conservador e aliado do ex-presidente Donald Trump, se candidate ao cargo. O deputado Kevin Hern, do estado de Oklahoma, já anunciou sua candidatura e disse que a corte precisa de “um tipo diferente de líder que tenha um histórico comprovado de sucesso”. Os deputados Jack Bergman e Austin Scott também concorrerão.
Com Steve Scalise, primeiro nomeado, e Jordan fora do tabuleiro, o futuro do órgão legislativo é incerto. McCarthy, eleito presidente da Câmara em janeiro deste ano, foi submetido a 15 duras rodadas de votação antes de ser alçado ao posto – que não foi ocupado por tanto tempo, com a sua destituição nove meses depois. No mês passado, republicanos ultradireitistas se rebelarem contra o então líder, diante de divergências sobre legislação orçamentária.
O vácuo de poder deixa a Câmara americana paralisada, ou seja, impedida de aprovar novas leis. A trava escala a preocupação dos parlamentares, enquanto o governo caminha em direção a um possível “shutdown” (desligamento, em tradução livre). Caso o legislativo não aprove o orçamento do novo ano fiscal até dia 17 de novembro, prazo já estendido, agências governamentais serão obrigadas a encerrar suas atividades.