Flórida emite alerta sobre bactérias carnívoras após o furacão Ian
No condado de Lee, bactéria Vibrio vulnificus se prolifera de maneira acelerada. Encontrada em águas quentes e salobras, pode causar ferimentos e morte
O condado de Lee, na Flórida, atingido pelo furacão Ian há poucas semanas, emitiram um alerta nesta quarta-feira, 19, sobre um micróbio mortal, informalmente conhecido como bactéria carnívora, que infectou 29 pessoas e matou quatro na última sexta-feira 14.
Ao todo, 11 pessoas já morreram por conta da bactéria em todo o estado.
A bactéria Vibrio vulnificus, que vive em águas quentes e salobras, pode se espalhar quando há grandes inundações, como foi causado pelo furacão Ian.
O micróbio pode entrar no corpo humano através do contato direto com uma ferida aberta. A infecção pode levar a ferimentos na pele, úlceras e até morte, de acordo com o departamento de saúde pública de Lee, mas os casos entre pessoas saudáveis são geralmente leves.
O condado de Lee, na costa oeste da Flórida, registrou um “aumento anormal [da bactéria] devido ao impacto do furacão Ian”, disseram autoridades estaduais de saúde. John Cassani, que trabalha com Calusa Waterkeeper, um grupo que protege as águas locais, disse ao jornal local Fort Myers News-Press que a contagem era “fora de série”.
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O número de casos no condado de Lee é quase tão alto quanto o número total relatado em toda a Flórida no ano passado – 34 casos e 10 mortes. Em 2017, quando o furacão Irma causou graves inundações, houve 50 casos relatados em todo o estado e 11 mortes, de acordo com uma contagem estadual.
No início deste mês, o departamento de saúde do condado de Lee instou a população a tomar precauções para evitar a bactéria. Entre as recomendações, estavam pedidos para pessoas com feridas abertas evitarem água salobra, mas limparem e monitoraram as feridas se entrassem em contato com a água da enchente.
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O condado de Collier, ao sul do condado de Lee, também relatou três casos da bactéria, que o departamento de saúde do estado também disse estar ligada ao furacão. No geral, houve 65 casos confirmados e 11 mortes no estado pela bactéria, de acordo com o Departamento de Saúde da Flórida.