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Fim do politiquês: Nova Zelândia aprova lei de linguagem simples

A medida exige que funcionários públicos usem linguagem de fácil compreensão para melhorar a acessibilidade para todas camadas da sociedade

Por Da Redação
20 out 2022, 16h43

A Nova Zelândia aprovou nesta quinta-feira, 20, uma nova lei que exige que funcionários públicos usem linguagem simples e de fácil compreensão ao se comunicar com a população.

O Plain Language Act (Lei de Linguagem Simples), segundo o governo, vai contribuir para uma democracia mais inclusiva, principalmente para pessoas que falam inglês como segunda língua, pessoas com deficiência e aquelas com níveis mais baixos de educação.

“As pessoas que vivem na Nova Zelândia têm o direito de entender o que o governo está pedindo que façam e quais são seus direitos, o que eles têm direito do governo”, disse a deputada Rachel Boyack, autora do texto. 

Defensores da lei afirmaram que o projeto vai economizar dinheiro e tempo do governo, e afirmam que comunicações claras são fundamentais para uma democracia funcional. 

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No entanto, o projeto tem sido considerado controverso. A oposição prometeu revogá-lo se vencer as eleições no próximo ano. O deputado Simeon Brown, do Partido Nacional da Nova Zelândia, criticou a medida por criar novas camadas de burocracia. 

“Polícia de linguagem simples! Isso é o que eles vão se tornar. Os policiais de linguagem simples, que estarão com suas pranchetas e seus jalecos brancos olhando por cima dos ombros de todos os funcionários públicos, verificando se estão escrevendo com palavras de menos de uma sílaba”, disse Brown. 

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Em um debate acalorado, os parlamentares recorreram a Shakespeare, Chaucer e Wordsworth para defender  e criticar o projeto de lei.

“Ser ou não ser, essa é a grande questão. Mas do lado do ‘ser’, eles têm 65 votos, e isso provavelmente vai acontecer”, disse o deputado do Partido Verde Teanau Tuiono.

“Não temam a linguagem simples”, disse o deputado do Partido Trabalhista Glen Bennett. “Todos vocês, pessoas lindamente educadas, com colheres eloquentes em suas bocas, ainda podem falar suas grandes, maravilhosas, enormes palavras que eu não tenho. E tudo bem, porque isso é sobre acessibilidade. Trata-se de ter uma linguagem que todos e qualquer um possam entender.”

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