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Nova Zelândia apresenta proposta para taxar gases de bois e vacas

Dados do governo mostram que arrotos e flatulências dos animais são responsáveis por metade de todas as emissões de gases do efeito estufa do país

Por Da Redação
11 out 2022, 15h38

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse nesta terça-feira, 11, que seu governo irá avançar com uma proposta para multar flatulências e arrotos de animais de pecuária, obrigando os proprietários a pagarem pelas emissões de metano. 

“Este é um passo importante na transição do país para um futuro de baixas emissões e cumpre nossa promessa de precificar as emissões agrícolas a partir de 2025”, disse ela.

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A Nova Zelândia é um grande exportador de gado e carne e tem uma população de cerca de 10 milhões de bovinos e 26 milhões de ovelhas. A agricultura e a pecuária nacional correspondem por cerca de metade das emissões totais do país, sendo 91% delas metano, gás do efeito estufa 80 vezes mais danoso ao ambiente do que o dióxido de carbono (CO2). 

A indústria pecuária neozelandesa foio omitida do Esquema de Comércio de Emissões do país, um órgão regulador do governo que estabelece limites de emissões por setor.

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“Nenhuma outra nação do mundo desenvolveu ainda um sistema de precificação e redução de emissões agrícolas, então nossos agricultores devem se beneficiar por serem pioneiros”, disse Ardern.

Os proprietários temem que a medida possa causar uma alta nos preços do setor e prejudique particularmente as cidades pequenas. Por meio de um comunicado, o presidente da agência de defesa rural Federated Farmers, Andrew Hoggard, disse que o governo “arrancará as entranhas das pequenas cidades da Nova Zelândia”. 

No entanto, a proposta espera incentivar os agricultores e pecuaristas a reduzir as emissões sem impor custos prejudiciais. De acordo com o governo, a receita arrecadada será “reciclada de volta ao setor agrícola por meio de novas tecnologias, pesquisas e pagamentos de incentivo aos agricultores”.

Algumas delas, inclusive, já estão sendo testadas. Pesquisadores da empresa de laticínios Fonterra estão testando os efeitos do “Kowbucha”, um probiótico que prevê a redução dos arrotos emissores de metano. A tecnologia empresta seu nome da kombucha, um chá fermentado por bactérias e leveduras.

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“Ao recompensar aqueles que agem para reduzir suas emissões, podemos apoiar mais proprietários a melhorar sua produtividade e lucratividade enquanto atingem as metas climáticas”, disse o ministro da Agricultura neozelandês, Damien O’Connor, nesta terça-feira. 

A proposta seguirá agora para o processo de consulta, com término previsto para o próximo mês.

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