Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Nova Zelândia planeja criar ‘geração sem cigarros’

Governo neozelandês lança legislação inédita que reduz nicotina nos cigarros e proíbe compra do produto para nascidos após 2008

Por Da Redação
27 jul 2022, 10h39

O governo da Nova Zelândia apresentou na terça-feira, 26, as primeiras leis anti-tabaco do mundo que pretendem criar uma geração sem tabaco. As medidas, que incluem o aumento da idade para a compra de cigarros, atraíram elogios e preocupação por sua natureza experimental.

+ Nova Zelândia proíbe venda de cigarro para futuras gerações

Durante o lançamento do projeto de lei, autoridades neozelandesas prometeram reduzir o domínio da indústria tabagista no país.

“Durante décadas, permitimos que as empresas de tabaco mantivessem sua participação no mercado, tornando seu produto mortal cada vez mais viciante. É nojento e é bizarro”, disse a ministra adjunta da Saúde, Ayesha Verrall, alegando que o país carece de regulamentações mais rígidas sobre a comercialização do cigarro.

Atualmente, a Nova Zelândia proíbe a venda de cigarro a menores de 18 anos. Com a nova medida, a idade mínima para a compra de derivados do tabaco será aumentada a cada ano, de forma que qualquer pessoa nascida depois de 2008 seja impedida de adquirir legalmente os produtos.

Continua após a publicidade

+ Cresce uso de cigarro eletrônico por jovens, embora a venda seja proibida

+ Modo artesanal de produzir cigarro é reavivado por nova turma de fumantes

“Nossa prioridade ao trazer este projeto de lei é proteger o que é precioso: nosso povo”, argumentou Verrall, acrescentando que o objetivo é criar uma “geração sem cigarros”.

Além da mudança na idade de fumar, a lei reduziria drasticamente nos cigarros o nível de nicotina, substância causadora da dependência, e restringiria a venda dos maços a lojas especializadas de tabaco.

Continua após a publicidade

O projeto de lei está em sua primeira leitura no parlamento e ainda deve passar pela avaliação de especialistas e da população. A expectativa é que a regra entre em vigor em 2023.

Apesar de obter apoio quase universal de todos os partidos neozelandeses, a medida levantou preocupação em alguns parlamentares devido à sua natureza experimental.

“A maioria das medidas consideradas ainda não foi amplamente implementada internacionalmente e, em alguns casos, a Nova Zelândia seria a primeira do mundo a implementá-las”, disse o deputado Matt Doocey, que teme que a política, ainda não testada, poderia trazer “incerteza significativa” em seus resultados.

O Partido Verde, que também apoiou a aprovação do projeto de lei, ponderou que a proibição dos cigarros poderia levar a indústria tabagista para a clandestinidade. Membros do partido também se preocuparam com os efeitos que a “desnicotinização” dos cigarros poderia trazer para a saúde pública.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.