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FBI investiga instalação de delegacias secretas da polícia chinesa nos EUA

O diretor da agência, Christopher Wray, informou que há indícios de organizações do tipo em Nova York, o que poderia violar a soberania do país

Por Da Redação
18 nov 2022, 09h31

Christopher Wray, o diretor do FBI, departamento federal de investigação dos Estados Unidos, disse nesta sexta-feira, 18, estar profundamente preocupado com a estratégia do governo chinês de instalar “delegacias de polícia” não autorizadas em cidades americanas, para possivelmente realizar operações de influência.

“Estou muito preocupado com isso. Estamos cientes da existência dessas estações”, disse Wray em uma audiência do Comitê de Assuntos Governamentais e de Segurança Interna do Senado americano, reconhecendo o trabalho investigativo do FBI sobre o assunto, mas recusando-se a dar detalhes.

“Mas, para mim, é ultrajante pensar que a polícia chinesa tentaria se estabelecer em Nova York, sem a devida coordenação. Isso viola a soberania do Estado e contorna os processos de cooperação judicial e de aplicação da lei padrão”, acrescentou.

Wray, no entanto, disse que o FBI ainda estava “analisando os parâmetros legais” para saber se as estações violam a lei dos Estados Unidos.

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A Safeguard Defenders, uma organização de direitos humanos sediada na Europa, publicou um relatório em setembro revelando a presença de dezenas de “estações de serviço” da polícia chinesa nas principais cidades do mundo, incluindo Nova York.

O relatório disse que as estações eram uma extensão dos esforços de Pequim para pressionar alguns cidadãos chineses ou seus parentes no exterior a retornar à China para enfrentar acusações criminais. Também vinculou-as às atividades do Departamento de Trabalho da Frente Unida da China, um órgão do partido comunista encarregado de espalhar sua influência e propaganda no exterior.

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Os republicanos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, incluindo Greg Murphy e Mike Waltz, enviaram cartas ao Departamento de Justiça em outubro cobrando o governo do presidente Joe Biden a investigar essas estações.

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A embaixada da China em Washington não comentou o caso de Nova York, mas, no início deste mês, o Ministério das Relações Exteriores da China negou acusações semelhantes vindas da Holanda, após uma investigação no país. Pequim alegou que as estações eram escritórios para ajudar os cidadãos chineses a renovar documentos.

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Wray disse que os Estados Unidos fizeram uma série de acusações contra o governo chinês, por assediar, perseguir, vigiar e chantagear cidadãos americanos que discordavam do líder chinês, Xi Jinping.

“É um problema real e algo sobre o qual estamos conversando com nossos parceiros estrangeiros também, porque não somos o único país onde isso ocorreu”, disse ele.

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