EUA prometem reduzir em 50% a emissão de gases estufa até 2030
Joe Biden pretende recuperar a vanguarda do país contra o aquecimento global; meta é quase o dobro da estabelecida por Barack Obama
O governo do presidente Joe Biden prometeu nesta quinta-feira, 22, reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos em 50% em relação aos níveis de 2005 até 2030. A nova meta espera estimular outros grandes emissores a aumentar sua ambição de combater as mudanças climáticas.
O objetivo foi revelado no início da cúpula do clima organizada pelo presidente democrata, e surge no momento em que os Estados Unidos buscam recuperar a liderança global na luta contra o aquecimento global depois que o ex-presidente Donald Trump retirou o país dos esforços internacionais para cortar emissões.
Também representa um marco importante no plano mais amplo de Biden de descarbonizar inteiramente a economia dos EUA até 2050 – uma agenda que ele diz que pode criar milhões de empregos bem remunerados, mas que muitos republicanos dizem temer que prejudique a economia.
Espera-se que os cortes de emissões venham de usinas de energia, automóveis e outros setores da economia, mas a Casa Branca não estabeleceu metas individuais para esses setores.
“Nenhuma nação pode resolver esta crise por conta própria, e esta cúpula é um passo no caminho para um futuro seguro, próspero e sustentável”, tweetou Biden pouco antes do início da cúpula.
A nova meta dos EUA quase duplica a promessa do ex-presidente Barack Obama de cortar as emissões de 26% a 28% abaixo dos níveis de 2005 até 2025.
Biden se concentrou em restaurar a liderança climática dos EUA durante sua campanha e nos primeiros dias de sua presidência depois que o republicano Trump, um cético em relação à mudança climática, removeu os Estados Unidos do acordo de Paris sobre o aquecimento global.
O novo governo está sob forte pressão de grupos ambientais, alguns líderes corporativos, o secretário-geral da ONU e governos estrangeiros para definir uma meta de redução das emissões em pelo menos 50% nesta década, a fim de encorajar outros países a estabelecer suas próprias metas ambiciosas de emissões.