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EUA e UE anunciam sanções a russos por crise na Crimeia

Sanções congelam ativos financeiros no exterior e impendem russos e ucranianos de viajarem aos EUA e à Europa. Putin foi poupado

Por Da Redação
17 mar 2014, 12h05

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs nesta segunda-feira sanções a onze russos e ucranianos considerados responsáveis pela incursão militar da Rússia na Crimeia, incluindo dois assessores próximos do presidente russo, Vladimir Putin. Numa atitude coordenada, a União Europeia anunciou sanções a 21 pessoas de nacionalidades russa e ucraniana. As medidas incluem o congelamento de ativos financeiros no exterior, e a proibição de viagens aos EUA e aos 28 países do bloco europeu.

Em Washington, em um pronunciamento oficial após o anúncio das sanções, Obama disse que “os americanos continuarão analisando o alcance de medidas para ajudar os ucranianos”. O presidente dos EUA também advertiu Moscou. “Futuras provocações serão seguidas apenas de mais isolamento da Rússia, diminuindo seu tamanho no mundo”. Obama disse também que os EUA estão prontos para impor mais sanções à Rússia pela incursão do país na região ucraniana da Crimeia, mas que ainda há meios para resolver a crise diplomaticamente.

Entre os atingidos pelas sanções americanas estão o presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e assessores próximos de Putin, como Vladislov Surkov – conhecido como o “cardeal cinza” por sua influência em Moscou – e o economista Sergei Glazyev. Segundo o jornal The New York Times, Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação Russa, a câmara alta do Parlamento, e Dmitry Rogozin, vice-premiê, também estão na lista de pessoas atingidas pelas sanções. O presidente Putin e o chanceler Sergei Lavrov estão fora da lista.

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“Nós criamos essas sanções para impor custos sobre os indivíduos que exercem influência no governo russo e são responsáveis ​​pela deterioração da situação na Ucrânia”, disse a Casa Branca em um comunicado. Na Europa, as sanções foram anunciadas lodo após uma reunião de ministros das Relações Exteriores, em Bruxelas. O chanceler da Lituânia, Linas Linkevicius, afirmou em sua conta no Twitter que espera novas medidas nos próximos dias, relata a rede britânica BBC.

Outros nomes citados pela Casa Branca são Leonid Slutsky e Yelena Mizulina, membros da Duma, a câmara baixa do Parlamento, e Andrey Klishas, membro do Conselho da Federação, que escreveu um projeto de lei para confiscar os bens de ocidentais em retaliação a quaisquer sanções impostas à Rússia. Sergei Aksyonov, primeiro-ministro da Crimeia, e Vladimir Konstantinov, líder do Parlamento regional também sofreram sanções. Além de Yanukovich, o outro ucraniano na lista é Viktor Medvedchuk, chefe de um grupo civil pró-russo “Escolha”.

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As sanções desta segunda ocorrem horas depois de o Parlamento da Crimeia declarar a região um Estado independente, validando o resultado do referendo de domingo, em que mais de 96% dos eleitores aprovaram a adesão à federação russa. O governo ucraniano, EUA e UE afirmaram que não reconhecem os resultados e consideram o referendo “ilegítimo e ilegal”.

Também nesta segunda, a Rússia, através de um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, propôs a formação de um grupo de trabalho internacional para mediar a crise na Ucrânia. Mas as autoridades de Kiev rejeitaram a proposta, classificando-a como “absolutamente inaceitável”, disse à agência Interfax a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yevhen Perebynis. Enquanto isso, o Parlamento ucraniano aprovou formalmente a mobilização parcial de 40.000 reservistas e informou que autoridades militares estão monitorando a situação ao longo da fronteira leste com a Rússia.

(Com agência Reuters)

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