Rússia propõe aos EUA e UE criar grupo para resolver crise na Ucrânia
Anúncio do Ministério das Relações Exteriores russo acontece após confirmação das sanções americanas e europeias contra Moscou
Por Da Redação
17 mar 2014, 09h03
Moscou propôs aos Estados Unidos e à União Europeia (UE) criar um grupo de apoio multilateral para resolver a crise na Ucrânia, anunciou nesta segunda-feira o Ministério de Relações Exteriores da Rússia. A sinalização da Rússia em direção a uma solução diplomática para a crise vem um dia após o referendo na Crimeia – em que o povo escolheu aderir à Rússia – e também depois da confirmação de sanções da UE e EUA contra Moscou. A chancelaria russa afirmou que o grupo deverá respeitar os “interesses do povo multiétnico da Ucrânia” e apoiar as “legítimas aspirações de todos os ucranianos de viver em segurança”.
Apesar do movimento de abertura para o diálogo feito pelo Executivo, o presidente da câmara de deputados russa, Serguei Narishkin, afirmou que a Rússia reconhecerá a independência da Crimeia em um acordo bilateral que será assinado entre as autoridades de ambos os lados. Narishkin também confirmou que pretende dar andamento a incorporação da região à federação russa.
A câmara baixa do Parlamento da Rússia vai emitir um comunicado em apoio ao resultado do referendo da Crimeia na terça-feira, disse o vice-presidente da Casa, Ivan Melnikov, nesta segunda, segundo a agência de notícias russa Interfax.
Sanções – O presidente americano, Barack Obama, disse ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um telefonema neste domingo, que os EUA rejeitam o resultado do referendo na região ucraniana na Crimeia e alertou que seu governo está pronto para impor sanções a Moscou devido à crise. “Ele [Obama] enfatizou que as ações russas violaram a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que, em coordenação com nossos parceiros europeus, nós estamos preparados para impor custos adicionais à Rússia por essas ações”, disse a Casa Branca em comunicado.
Obama também disse a Putin que a crise ainda pode ser resolvida diplomaticamente, mas afirmou que os militares russos precisam primeiro parar as incursões na Ucrânia, acrescentou a Casa Branca. Além dos EUA, a UE também trabalha para impor sanções contra a Rússia, que serão centradas em “pessoas que tenham responsabilidade direta na ameaça da soberania e da integridade territorial da Ucrânia”, explicaram fontes do bloco.
A apuração dos votos mostrou que 96,7% dos eleitores na região ucraniana da Crimeia votaram a favor da adesão à Rússia, disse nesta segunda-feira o presidente da comissão do governo regional responsável por supervisionar o referendo. Neste domingo, mesmo antes do resultado oficial ter sido divulgado, milhares de pessoas de todas as idades celebravam a anexação, agitando bandeiras da Rússia e da Crimeia. “Obrigado, Putin! Glória à Rússia”, gritava o público em frente ao edifício do governo na praça de Lênin, em Simferopol, capital da Crimeia.
(Com agências EFE e Reuters)
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