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Rússia e EUA não têm a mesma visão sobre crise na Ucrânia, diz chanceler

Reunião entre John Kerry e Sergei Lavrov termina em impasse. Secretário americano diz que Putin não está disposto a tomar decisões antes de referendo sobre Crimeia

Por Da Redação
14 mar 2014, 15h47

A Rússia e os Estados Unidos “não têm uma visão comum” sobre a crise na Ucrânia, disse nesta sexta-feira o chanceler russo Sergei Lavrov, depois de uma reunião com seu colega americano John Kerry que terminou sem avanços. “Nós não temos uma visão comum da situação. Nossas diferenças persistem”, disse Lavrov, acrescentando, no entanto, que a reunião ajudou a esclarecer posições aparentemente irreconciliáveis. O secretário de Estado americano, por sua vez, ressaltou que os Estados Unidos estão “profundamente preocupados” com o envio de tropas russas para a fronteira e para a região da Crimeia e ressaltou o desejo do governo americano de que os soldados sejam retirados da área para “reduzir as tensões”.

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Para Kerry, o encontro mostrou que o presidente Vladimir Putin “não está preparado para tomar nenhuma decisão sobre a Ucrânia até depois do referendo” que vai tratar do futuro da república autônoma, marcado para domingo. Depois de Lavrov ter reafirmado que a Rússia vai respeitar o resultado da consulta popular – vista como ilegal pelos EUA e por países europeus – Kerry disse que Moscou pode respeitar o referendo de secessão sem prosseguir com uma anexação da região ‘pela porta dos fundos’.

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O ministro russo disse estar consciente de que Washington e governos europeus estão considerando sanções contra a Rússia, mas deixou claro que considera sanções algo “contraprodutivo”. “Elas não vão favorecer interesses mútuos”. (Continue lendo o texto)

Donetsk – Lavrov disse ter expressado ao colega americano a posição russa de que medidas necessárias para garantir a estabilidade e para interromper a atividade de “grupos radicais de extrema-direita” no país não foram tomadas. Ele condenou os confrontos registrados recentemente em Donetsk, no leste da Ucrânia, dizendo que Moscou não tem planos de se envolver na região, mas que os direitos dos cidadãos de origem russa devem ser respeitados – mesmo discurso usado pelo Kremlin para invadir a Crimeia.

“As autoridades em Kiev não estão controlando a situação no país”, diz um comunicado publicado na página da chancelaria russa na internet. “A Rússia está ciente de sua responsabilidade pela vida de seus compatriotas e cidadãos na Ucrânia e mantém o direito de defender essas pessoas”.

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Nesta quinta, confrontos entre manifestantes pró-Moscou e pró-Europa provocaram a morte de um jovem de 22 anos e deixaram dezenas de feridos em Donetsk. Para o Kremlin, a confusão foi obra de radicais contra uma demonstração pacífica contra o governo interino em Kiev. O Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, no entanto, tem outra versão dos fatos, e considera que o conflito foi “uma provocação planejada que tem correlação direta com as ações destrutivas de alguns cidadãos russos e organizações sociais que estão vindo ao país para inflar as tensões”.

O novo governador da região de Donetsk também disse que russos estavam por trás dos confrontos. “Tristemente, soubemos que no havia no local, segundo a polícia, muitas pessoas concentradas que não eram da Ucrânia”, disse Serhiy Taruta a jornalistas. Ele também acusou o governo de Vladimir Putin de distorcer a verdade ao dizer que os conflitos mostraram que as autoridades ucranianas perderam o controle da situação. “A declaração distorce a situação real”, afirmou o magnata do aço, um dos muitos oligarcas apontados pelo governo interino para controlar regiões com potencial para revoltas.

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Mapa da Crimeia
Mapa da Crimeia (VEJA)
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