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EUA e Israel fazem acordo para impedir Irã de fabricar armas nucleares

O acordo demonstra a unidade de aliados há muito divididos sobre a diplomacia com Teerã

Por Amanda Péchy
14 jul 2022, 09h17

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, prometeram nesta quinta-feira, 14, impedir o Irã de obter armas nucleares. O acordo demonstra a unidade de aliados há muito divididos sobre a diplomacia com Teerã.

A medida, parte de uma “Declaração de Jerusalém” que coroa a primeira visita de Biden a Israel como presidente, ocorre depois que o americano disse a uma emissora de TV local que estava disposto a usar a força contra o Irã caso desenvolvesse armas nucleares e este fosse “o último recurso”. A declaração acomodou os pedidos de Israel a potências mundiais por uma “ameaça militar credível” contra Teerã.

Há anos, tanto Washington quanto Israel fizeram declarações sutis sobre uma possível guerra preventiva com o Irã – que nega estar tentando desenvolver armas nucleares. No entanto, se têm capacidade ou vontade de cumprir isso ainda não está claro.

A declaração desta quinta-feira, divulgada à mídia antes de uma cerimônia formal de assinatura, reafirmou o apoio dos Estados Unidos à vantagem militar regional de Israel e à capacidade “de se defender sozinho”.

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“Os Estados Unidos enfatizam que parte integrante dessa promessa é o compromisso de nunca permitir que o Irã adquira uma arma nuclear e que está preparado para usar todos os elementos de seu poder nacional para garantir esse resultado”, acrescentou o comunicado.

Não houve comentários imediatos de Teerã.

Em 2015, o Irã assinou um acordo internacional limitando seus projetos nucleares com potencial de fabricação de bombas. Em 2018, contudo, o então presidente americano Donald Trump desistiu do pacto, considerando-o insuficiente – uma retirada bem-vinda por Israel.

Desde então, o Irã aumentou algumas atividades nucleares. Israel agora diz que apoiaria um novo acordo com cláusulas mais duras. O Irã se recusou a se submeter a novas restrições.

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“A única coisa pior do que o Irã que existe agora é um Irã com armas nucleares e se pudermos voltar ao acordo, podemos mantê-los nas rédeas”, disse Biden à TV israelense na quarta-feira 13.

Biden espera que esse compromisso possa ajudá-lo quando seguir para a Arábia Saudita na sexta-feira, 15. Riad tem suas próprias preocupações com o Irã, e Biden espera transformar isso em uma reaproximação saudita-israelense – servindo aos interesses americanos.

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Mais cedo na quinta-feira, Biden disse que ele e Lapid discutiram “o quão importante era que Israel fosse totalmente integrado à região”. Lapid, por sua vez, considerou a viagem saudita de Biden “extremamente importante para Israel”.

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Algumas autoridades israelenses e árabes do Golfo acreditam que o alívio das sanções do acordo nuclear forneceria muito mais dinheiro ao Irã para apoiar suas milícias no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque. Eles também estão céticos sobre se o governo Biden fará muito para combater as atividades regionais do Irã.

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