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EUA: 40% dos eleitores temem intimidação nas urnas, diz pesquisa

Eleitores norte-americanos estão preocupados com ameaças de violência ou intimidação durante as eleições de novembro no país

Por Da Redação
Atualizado em 26 out 2022, 10h24 - Publicado em 26 out 2022, 10h04

Uma pesquisa de opinião da agência de notícias Reuters, em parceria com o instituto Ipsos, revelou nesta quarta-feira, 26, que pelo menos 40% dos eleitores nos Estados Unidos estão preocupados com ameaças de violência ou intimidação nas urnas durante as eleições de novembro no país, que vão renovar o Congresso e dezenas de governos.

Até agora, nenhum episódio de violência foi registrado em nenhum centro de votação antecipada, nem em locais de entrega de cédulas. Mas as autoridades do Arizona, um campo de batalha importante, já pediram ao governo federal que investigue um caso de possível intimidação de eleitores, depois que as pessoas que votaram foram filmadas e seguidas.

Uma queixa oficial observou que autoproclamados monitores chamaram os eleitores de “mulas”, uma referência a uma teoria da conspiração popularizada por apoiadores da falsa narrativa de fraude do ex-presidente Donald Trump.

A pesquisa Reuters/Ipsos, concluída na segunda-feira, também descobriu que dois terços dos eleitores registrados temem que extremistas realizem atos de violência após a eleição se estiverem descontentes com o resultado de 8 de novembro.

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No pleito, os republicanos são os favoritos para ganhar o controle da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, e possivelmente do Senado. O controle republicano de qualquer casa do Congresso pode minar a agenda do presidente Joe Biden.

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As descobertas ilustram evidências crescentes de falta de confiança nas instituições democráticas do país, após décadas de aprofundamento da polarização. A desconfiança entre os dois campos políticos dos Estados Unidos fica evidente pela raridade de leis com aprovação bipartidária, bem como pela parcela crescente de pais dizendo que ficariam descontentes se um filho se casasse com alguém que apoia um partido político diferente do seu.

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Entre os eleitores entrevistados pela pesquisa Reuters/Ipsos, 43% estavam preocupados com ameaças de violência ou intimidação de eleitores ao votarem pessoalmente. O medo foi mais pronunciado entre os democratas, 51% dos quais disseram estar preocupados com a violência, embora uma parcela ainda significativa dos republicanos – 38% – tenha as mesmas preocupações.

Cerca de dois terços dos eleitores registrados – 67% – disseram estar preocupados que os extremistas cometam atos de violência após a eleição, incluindo cerca de três em cada quatro democratas e três em cada cinco republicanos.

Enquanto isso, um quinto dos eleitores – incluindo um em cada 10 democratas e um em cada quatro republicanos – disseram não estar confiantes de que suas cédulas serão contadas com precisão. Cerca de dois terços dos republicanos e um terço dos democratas acham que a fraude eleitoral é um problema generalizado. A mesma proporção de republicanos acha que a vitória de Biden em 2020 foi roubada.

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A falta de confiança no processo eleitoral remonta à marcante invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, quando milhares de apoiadores de Trump, incentivados por suas falsas alegações de fraude após perder o pleito em 2020, invadiram a sede do Congresso em 6 de janeiro de 2021.

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Defensores dos direitos dos eleitores acusam grupos de extrema-direita, que acreditam na teoria de fraude, de intimidar eleitores alinhados ao Partido Democrata. Enquanto isso, a mídia conservadora dos Estados Unidos destaca a violência da esquerda, vinculando os democratas a alguns dos protestos violentos que aconteceram após o assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco, em Minneapolis, em 2020.

A pesquisa Reuters/Ipsos reuniu respostas de 4.413 adultos americanos em todo o país e tem margem de erro de 2% a 5%.

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