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Democratas à esquerda pedem para Biden retomar negociação de paz com Putin

A duas semanas das eleições de meio de mandato, carta de trinta deputados mais progressistas do partido pede mudança de estratégia para obter cessar-fogo

Por Da Redação
Atualizado em 25 out 2022, 09h45 - Publicado em 25 out 2022, 09h30

Um grupo de congressistas democratas dos Estados Unidos instou, nesta terça-feira, 25, o presidente Joe Biden a buscar um envolvimento direto com a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia por meio de negociações de paz. O documento, contudo, pede a continuidade dos atuais compromissos militares e econômicos com Kiev.

“Dada a destruição criada por esta guerra para a Ucrânia e o mundo, bem como o risco de uma escalada catastrófica, acredito que é do interesse da Ucrânia, dos Estados Unidos e do mundo evitar um conflito prolongado”, escreveram os trinta democratas na carta.

“Por esse motivo, pedimos que você combine o apoio militar e econômico que os Estados Unidos forneceram à Ucrânia com um impulso diplomático proativo, redobrando os esforços para buscar uma estrutura realista para um cessar-fogo”, completaram.

Kevin McCarthy, o líder da minoria na Câmara, disse ao portal de notícias Punchbowl News que “as pessoas vão ficar em recessão e não vão passar um cheque em branco para a Ucrânia.”

Entre os 30 signatários da carta estão Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Rashida Tlaib e Ayanna Pressley, da ala mais progressista do partido, conhecida coletivamente como “The Squad”.

A carta foi liderada pela deputada Pramila Jayapal, que preside o Caucus Progressista do Congresso.

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“Como legisladores responsáveis ​​pelo gasto de dezenas de bilhões de dólares dos contribuintes dos Estados Unidos em assistência militar no conflito, acreditamos que tal envolvimento nesta guerra também cria uma responsabilidade para os Estados Unidos considerarem seriamente todas as vias possíveis, incluindo o envolvimento direto com a Rússia”, eles escrevem.

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O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, comentou o pedido, dizendo que “ouvimos de parceiros ucranianos, repetidamente, que esta guerra só terminará por meio da diplomacia e do diálogo. Não ouvimos nenhuma declaração recíproca de Moscou, de que eles estão prontos de boa fé para se envolver nessa diplomacia e diálogo”.

Washington enviou cerca de US$ 66 bilhões para a Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país no final de fevereiro, fornecendo a Kiev armas e outros tipos de assistência militar, ajuda humanitária e apoio econômico.

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A carta chega a apenas duas semanas antes das eleições de 8 de novembro nos Estados Unidos, que determinarão qual partido controla o Congresso.

Em parte, os democratas estão preocupados sobre como o espectro da recessão e as dificuldades econômicas do país vão afetar os votos no partido, já que as eleições de meio de mandato costumam ser um referendo sobre o executivo. Um pedido de ação mais contundente para aliar gastos à diplomacia pode soar bem aos ouvidos dos eleitores.

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Só que existe um receio, também, pelo que pode acontecer com o apoio americano à Ucrânia se o partido Republicano tomar o Congresso. Alguns republicanos alertaram que podem controlar de forma mais rígida o financiamento para a Ucrânia.

O líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, disse recentemente que não haverá “cheque em branco” para a Ucrânia se os republicanos ganharem o controle da Câmara, levantando preocupações de que a legenda possa limitar a ajuda à Ucrânia.

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