Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

EUA: alegações da Rússia sobre bomba suja da Ucrânia são ‘bandeira falsa’

Moscou acusou Kiev de planejar explosão de arma radioativa em seu próprio território; Ocidente diz que isso é um 'pretexto para escalada' pelo Kremlin

Por Da Redação
24 out 2022, 08h48

Os Estados Unidos rejeitaram como “transparentemente falsa” a alegação da Rússia de que a Ucrânia pretende usar uma “bomba suja” em seu próprio território, afirmando, no domingo 23, que a acusação serve de pretexto para uma escalada da guerra.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse a seu colega ucraniano, Dmytro Kuleba, que “o mundo veria qualquer tentativa da Rússia de usar essa alegação como pretexto para escalada”, e prometeu continuar apoiando Kiev pelo tempo que for necessário.

Mais cedo no domingo, Kuleba denunciou as alegações de Moscou como “absurdas” e “perigosas”, acrescentando que “os russos costumam acusar os outros do que planejam”.

+ Rússia tira milhares de crianças da Ucrânia e as leva para o país

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu às acusações pedindo uma resposta internacional unida.

“Se a Rússia disser que a Ucrânia está supostamente preparando algo, isso significa uma coisa: a Rússia já preparou tudo isso”, disse Zelensky em um vídeo publicado em suas redes sociais. “Acredito que agora o mundo deve reagir o mais duramente possível.”

Continua após a publicidade

Zelensky afirmou que todos “entendem quem é a fonte de tudo que pode ser imaginado nesta guerra. Foi a Rússia quem chantageou com o desastre de radiação na central nuclear [da usina nuclear] de Zaporizhzhia.”

+ Rússia quer destruir barragem para inundar parte da Ucrânia, diz Zelensky

No domingo, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, conversou com seus colegas britânicos, franceses e turcos e afirmou em todas as três reuniões que a Ucrânia pode usar uma “bomba suja”, uma arma convencional contendo material radioativo. Shoigu também conversou com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, mas Moscou não mencionou as alegações.

O ministro russo, contudo, não apresentou nenhuma evidência, citando “possíveis provocações” por parte de Kiev. Além disso, não há nenhuma indicação de que a Ucrânia, que desistiu de suas armas nucleares na década de 1990, tenha qualquer material radioativo em seu arsenal militar.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse em um comunicado que Shoigu alegou que a Ucrânia estava planejando ações com apoio de países ocidentais, incluindo o Reino Unido, para escalar o conflito na Ucrânia.

Continua após a publicidade

“O secretário de Defesa refutou essas alegações e alertou que tais alegações não devem ser usadas como pretexto para uma maior escalada”, completou o comunicado.

+ Moscou inicia transporte de 60 mil pessoas de Kherson para a Rússia

O centro de pesquisas Instituto para o Estudo da Guerra disse em relatório que uma operação de “bandeira falsa” da Rússia é improvável, descartando as ligações de Shoigu como um movimento para intimidar os aliados ocidentais da Ucrânia e dividir a aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O instituto disse ainda que Rússia enfrenta reveses militares contínuos, incluindo a provável perda de Kherson até o final do ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.