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Moscou inicia transporte de 60 mil pessoas de Kherson para a Rússia

Autoridade instalada pelo Kremlin na cidade da Ucrânia diz, no entanto, que 'não vamos nos render' à contra-ofensiva do exército ucraniano

Por Da Redação
Atualizado em 19 out 2022, 09h04 - Publicado em 19 out 2022, 09h01

Vladimir Saldo, chefe da ocupação russa na cidade ucraniana de Kherson, disse nesta quarta-feira, 19, que até 60 mil habitantes serão transportados para a Rússia, em uma evacuação devido à contra-ofensiva do exército da Ucrânia.

O oficial do Kremlin afirmou que as pessoas seriam levadas de barco para a margem leste do Dnieper – e depois para a Rússia – a uma taxa de 10 mil por dia. Apesar disso, em uma entrevista televisionada nacionalmente, ele afirmou: “Nós não vamos entregar a cidade”.

Kherson, segunda maior cidade da Ucrânia a ser ocupada pela Rússia durante a guerra, fica na margem oeste do Dnieper. Tanto os civis quanto a as autoridades russas serão removidos da cidade, sem permissão para entrar na região de Kherson por sete dias.

Habitantes estão sob pressão para deixar a cidade e vários relataram receber mensagens de texto oficiais avisando que a cidade será bombardeada, informando que ônibus sairão do porto a partir das 7h. Trabalhadores como professores e médicos também estão sendo instruídos a deixar a cidade.

Imagens da televisão russa mostraram centenas de pessoas reunidas no porto na manhã desta quarta-feira esperando para serem transportadas. Autoridades russas prometeram ajudá-los a comprar casas na Rússia continental, sugerindo que não estão planejando o retorno de civis à cidade em um futuro próximo.

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O exército da Rússia permanecerá em Kherson, disse Saldo, embora o chefe de sua força de invasão, general Sergei Surovikin, tenha sugerido em uma entrevista que suas forças também podem ser forçadas a recuar.

“Repito: [a situação] já está muito difícil hoje”, disse. “Vamos agir conscientemente, em tempo hábil. Não excluo a adoção das decisões mais difíceis.”

Oficiais da ocupação alertaram para uma contra-ofensiva ucraniana que se aproxima na área.

“A batalha por Kherson começará em um futuro muito próximo”, disse Kirill Stremousov, o vice-administrador russo da região de Kherson. “A população civil é aconselhada, se possível, a deixar a área antes das próximas hostilidades.”

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+ Governador russo de Kherson pede a civis que deixem a região

Os avisos são uma tentativa de evitar a repetição da situação na região de Kharkiv, onde militares russos foram criticados por seu recuo caótico, deixando para trás cidadãos ucranianos que colaboraram com a ocupação russa.

Kherson é a capital de uma das quatro províncias que a Rússia anexou após supostos referendos, não reconhecidos pela comunidade internacional, no mês passado. Desde então, Moscou perdeu controle total de todas as regiões anexadas devido ao avanço do exército ucraniano.

Mykhailo Podolyak, um conselheiro presidencial ucraniano, observou que apenas um mês após o “anúncio pomposo da anexação de Kherson”, a cidade estava sendo “cerimoniosamente evacuada em antecipação à justiça [ucraniana]”.

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“A realidade pode doer se você vive em um mundo de fantasia fictício”, escreveu Podolyak em seu canal no Telegram.

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