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Esta é ‘uma década decisiva para nosso mundo’, diz Biden na ONU

Democrata apresentou visão de longo prazo para comunidade global, defendeu retirada do Afeganistão e enfatizou importância de reestabelecer alianças

Por Da Redação Atualizado em 21 set 2021, 11h52 - Publicado em 21 set 2021, 11h28

Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas desde que assumiu a Presidência americana, o democrata Joe Biden apresentou nesta terça-feira, 21, sua visão de longo prazo para a comunidade global, defendeu a retirada de forças americanas do Afeganistão e enfatizou a importância de reestabelecer alianças.

Logo ao início de seu discurso aos líderes e diplomatas presentes, na sequência da fala do presidente Jair Bolsonaro, o americano reconheceu as grandes perdas no mundo provocadas pela pandemia de Covid-19.

“Nos encontramos neste ano em um momento de mistura de grande dor com possibilidades extraordinárias. Nó perdemos muito para esta pandemia devastadora que continua tirando vidas ao redor do mundo e impacta tanto de nossa existência”, disse, completando com o que disse ser “uma década decisiva para nosso mundo”, que irá “literalmente determinar nossos futuros”.

Sobre a pandemia, Biden afirmou que é preciso “trabalhar junto” em ações coordenadas contra o vírus, já pensando em como se preparar para uma próxima pandemia, “porque haverá outra”. Junto a isso, defendeu sua política de expandir o acesso à vacinação dentro dos EUA e a política de distribuição de doses para dezenas de países, em um contraponto às doações feitas pela China desde o início da pandemia.

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“Bombas e balas não podem defender contra a Covid-19 ou suas futuras variantes. Para lutar contra esta pandemia, precisamos de ação global da ciência e disposição política”, ressaltou.

A respeito da retirada de forças americanas no Afeganistão no final de agosto,  depois de 20 anos de ocupação, Biden defendeu que os EUA olharão para o futuro em vez de “continuar lutando guerras do passado”, ecoando falas anteriores e que a era das grandes erras, como Afeganistão e Iraque, chegou ao fim.

“Estamos mirando em alocar nossos recursos nos desafios que têm as chaves para nosso futuro coletivo. Encerrar esta pandemia, responder à crise climática, lidar com as mudanças nas dinâmicas globais de poder, formular as regras do mundo em questões vitais como comércio, tecnologias cibernéticas e emergentes, e enfrentar a ameaça do terrorismo”, disse.

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Sem mencionar países específicos, Biden disse que sairá sempre em defesa de aliados para garantir soberanias territoriais e evitar conflitos, mas declarou que não busca uma “Nova Guerra Fria”, termo associado à divisão entre EUA e China.

O discurso marcou mais uma tentativa do democrata de tentar reverter o isolamento diplomático que marcou o governo de Donald Trump. No entanto, ao mesmo tempo que Biden tenta colocar os EUA no pioneirismo de questões humanitárias, como clima e desenvolvimento de novas tecnologias, seu governo enfrenta fortes críticas da comunidade global pela maneira que lida com uma crise imigratória e a atrapalhada retirada americana do Afeganistão, incluindo um ataque com drones em Cabul que matou civis afegãos.

Junto a isso, Washington também está envolvido em um imbróglio após a assinatura de um acordo de segurança com a Austrália, que enfureceu a Frana, que se sentiu deixada de fora.O pacto tem como objetivo reforçar a cooperação em tecnologias defesa entre os países para fazer frente ao poder da China no Indo-Pacífico.

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O governo francês ainda comparou a medida tomada pela administração do presidente americano às ações de seu antecessor. “O que me preocupa também é o comportamento americano. Essa decisão unilateral, brutal, imprevisível se parece muito com o que fazia Trump”, disse o chanceler francês, Jean-Yves Le Drian.

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