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Erdogan diz que povo da Turquia quer volta da pena de morte

Nesta segunda, a Justiça da Turquia ordenou a detenção de 42 jornalistas, entre eles repórteres, apresentadores de TV, colunistas e escritores

Por Da redação
Atualizado em 25 jul 2016, 22h37 - Publicado em 25 jul 2016, 21h43
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  • O povo da Turquia quer a volta da pena de morte e os que governam o país devem ouvir as pessoas, afirmou o presidente da Turquia, Tayyp Erdogan, apesar de autoridades europeias dizerem que tal medida poderia interromper imediatamente o processo de Ancara para a entrada na União Europeia (UE).

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    “O que o povo (turco) diz hoje?”, indagou Erdogan durante uma entrevista à TV alemã ARD, transmitida nesta segunda-feira. “Eles querem a reintrodução da pena de morte. E nós, como governo, devemos ouvir o que o povo diz. Não podemos dizer: ‘Não, isso não nos interessa'”.

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    Mais cedo, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou que a eventual adoção da pena de morte pararia imediatamente a tramitação do processo de ingresso da Turquia na UE.  O governo turco diz que deve avaliar a reintrodução da pena capital em resposta a pedidos de simpatizantes em atos públicos para que os líderes do golpe sejam executados.

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    Prisão de jornalistas

    A Justiça da Turquia ordenou nesta segunda-feira a detenção de 42 jornalistas acusados de pertencerem a veículos de imprensa vinculados ao grupo de Fethullah Gülen, o teólogo exilado nos EUA que Ancara acusa de ser o cérebro do golpe militar fracassado do dia 15 de julho.

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    Segundo a emissora CNN TURK, todos os alvos são jornalistas, entre eles repórteres, apresentadores de televisão, colunistas e escritores. Entre os que receberam a ordem, 11 estão fora da Turquia, afirma a emissora, sendo que oito deixaram o país após a tentativa de golpe.

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    Um dos jornalistas procurados pela Justiça é Nazli Ilicak, ex-deputada e conhecida colunista, e sua busca demandou uma ampla operação policial na cidade litorânea de Bodrum. Ilicak foi demitida do jornal pró-governo Sabah em 2013 por criticar o governo e defender a investigação anticorrupção promovida por promotores simpatizantes de Gülen.

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    A Anistia Internacional (AI) se referiu a estas detenções como um “ataque descarado à liberdade de imprensa”. “Ao invés de sufocar a liberdade de imprensa e intimidar os jornalistas, é vital que as autoridades turcas permitam aos veículos fazer seu trabalho e acabar com essa repressão draconiana da liberdade de expressão”, reivindicou.

    No último ano, as autoridades turcas intervieram em vários jornais e emissoras de televisão gülenistas, onde impuseram administradores e demitiram parte da equipe para mudar a orientação política do meio.

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    (Com EFE e Reuters)

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