Equipe da ONU é retida por rebeldes nas Colinas de Golã
Opositores do regime Bashar Assad, incluindo terroristas da Frente Nusra, renderam grupo de 43 integrantes das forças de paz da ONU na região
Um grupo de 43 integrantes de uma missão de paz da ONU nas Colinas de Golã foi sequestrado por rebeldes sírios. Os soldados da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, em inglês) foram rendidos nas proximidades da cidade de Quneitra. Outros 81 integrantes da missão estão impedidos de se deslocar pela região que abrange os municípios de Ar Ruwayhinah e Burayqah. Entre os rebeldes que atacaram o grupo estão terroristas da Frente Nusra, uma célula da Al Qaeda na Síria.
Leia também:
Grã-Bretanha resiste em realizar ataques contra o EI
ONU acusa jihadistas de matarem civis em público na Síria
“As Nações Unidas estão empregando todos os esforços para garantir a libertação dos ‘boinas azuis’ retidos e restabelecer a total liberdade de movimentos da força em sua área de operação”, disse a ONU, em nota. O comunicado afirma que o sequestro ocorreu “durante intensos combates” entre “elementos armados” não identificados pela ONU e forças do Exército sírio. A organização lembrou que, no ano passado, um grupo de soldados também foi rendido por grupos armados na região. Eles foram libertados em maio desse ano sem sofrer nenhum ferimento.
A Undof foi criada em maio de 1974 e tem a função de supervisionar o acordo entre Síria e Israel para a retirada de tropas das Colinas de Golã e acompanhar o cessar-fogo estipulado entre as partes. A previsão é que a missão seja mantida até o final deste ano. A força de paz é composta por 1.223 soldados de seis países: Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.
Leia mais:
NYT: Obama autoriza voos de reconhecimento sobre a Síria
Síria diz que não vai tolerar ataques dos EUA contra terroristas em seu território
Tensão – As Colinas de Golã já estavam em alerta máximo na quarta-feira, quando rebeldes moderados do Exército Sírio Livre e da Frente Nusra dominaram postos de controle na travessia para o território ocupado por Israel. A agência de notícias Associated Press ressaltou que Jerusalém tem evitado tomar partido no conflito sírio, mas costuma responsabilizar a ditadura de Assad por qualquer ato de violência que venha a respingar em solo israelense.
(Com agências Reuters e EFE)