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Síria diz que não vai tolerar ataques dos EUA contra terroristas em seu território

Declarações de chanceler seguem estratégia do regime sírio de se apresentar como única alternativa para o Ocidente para combater o avanço dos selvagens do Estado Islâmico

Por Da Redação
25 ago 2014, 20h12

A ditadura síria alertou os Estados Unidos para que não empreenda uma ação unilateral contra o Estado Islâmico em seu território e defendeu uma ‘parceria’ no combate ao terror. “Qualquer violação da soberania síria constitui um ato de agressão”, advertiu o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al-Moualem, ressaltando que o combate às facções jihadistas deve ocorrer apenas em cooperação com o governo sírio. “A Síria está pronta para cooperar em nível regional e internacional a guerra contra o terror. Mas qualquer esforço deve ser coordenado com o governo sírio”, acrescentou Moualem, segundo declarações reproduzidas pelo jornal The Washington Post.

Caio Blinder: Ditador sírio optou por não combater EI

A desacreditada ditadura de Bashar Assad vê o avanço de extremistas como uma oportunidade para acabar com o apoio americano a grupos rebeldes tidos como moderados e, assim, fortalecer-se. Apesar da ameaça feita nesta segunda-feira, militares americanos já operaram em território sírio, em uma missão fracassada para tentar resgatar reféns do Estado Islâmico. “Se tivesse havido uma coordenação prévia, a operação não teria falhado”, disse Moualem. A declaração confiante do chanceler, contudo, não encontra eco na realidade. Ontem o EI capturou uma base aérea militar de Tabqa no noroeste do país, garantindo controle total da província de Raqqa, palco da fracassada missão. Acredita-se também que o jornalista James Foley foi decapitado nesta região.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, declarou nesta segunda-feira que o Pentágono tem se “dedicado para, se for necessário, garantir ao presidente Obama vários planos e opções” na luta contra os jihadistas. Desde o dia 8 deste mês, os Estados Unidos realizam ataques aéreos contra o EI no Iraque e integrantes do governo não descartaram a possibilidade de bombardear também a Síria, dizendo que o combate aos terroristas não deve ser limitado por fronteiras geográficas.

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Em VEJA: A cinco quilômetros do terror

Earnest não disse se Obama buscaria apoio do Congresso caso decida realizar uma ação militar na Síria. No ano passado, depois de Assad usar armas químicas contra a própria população, o governo americano considerou uma intervenção na Síria. No entanto, sem o apoio de aliados, do Conselho de Segurança da ONU (onde a Rússia tem poder de veto), ou da população americana, Obama recuou. Agora, Obama está sendo pressionado a intervir para conter o Estado Islâmico na Síria, onde uma guerra que se arrasta há mais de três anos já fez mais de 190.000 mortos.

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