Enviado da ONU vai a Moscou e Pequim para falar de Síria

Em viagem que fez ao país islâmico,Annan teve 'reuniões intensas' com regime

Por Da Redação
23 mar 2012, 07h44

Annan se diz satisfeito porque o Conselho de Segurança da ONU agora lhe dá seu apoio (Denis Balibouse / Reuters/VEJA)

O emissário especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, viajará neste fim de semana a Moscou e Pequim para falar da crise síria com autoridades russas e chinesas, anunciou nesta sexta-feira seu porta-voz. Annan voltou da Síria na quinta-feira após “três dias de reuniões intensas” com as autoridades locais, segundo a mesma fonte.

Entenda o caso

• Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
• Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
• A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

“As autoridades sírias nos deram respostas, e agora vamos estudá-las cuidadosamente”, acrescentou o porta-voz. “Annan por enquanto não previu outra visita a Damasco, mas as negociações continuam por telefone”, acrescentou.

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O emissário especial da ONU declarou-se satisfeito porque “o Conselho de Segurança da ONU agora lhe dá seu apoio”. “A situação no local é muito séria, cada minuto conta, e temos que conquistar avanços rapidamente nessas negociações”, acrescentou o porta-voz. “As negociações encontram-se em um ponto muito delicado, Annan não tem a intenção de levá-las publicamente”, acrescentou o porta-voz.

Também nesta sexta-feira, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) aprovaram sanções contra 12 pessoas vinculadas ao regime sírio de Bashar Assad, entre elas a mulher do ditador, Asma, e outros três familiares dele. Assad já integrava uma primeira lista de sanções aprovadas pela UE.

(Com agência France-Presse)