Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Entenda o acordo que pode trazer a paz entre Rússia e Ucrânia

A regra de neutralidade, que Putin deseja aplicar ao país de Zelensky, é adotada por diversas nações europeias há mais de 200 anos

Por Da Redação Atualizado em 18 mar 2022, 12h40 - Publicado em 17 mar 2022, 17h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Após mais de 20 dias em guerra, Ucrânia e Rússia começaram a dar sinais de um possível acordo de paz.

    Desde segunda-feira (14), representantes dos dois governos têm se reunido para negociar um plano que prevê o encerramento dos ataques da Rússia ao país de Volodymyr Zelensky.

    A condição de  Vladimir Putin para o cessar-fogo seria a aplicação do estatuto de neutralidade à nação ucraniana.

    O que é neutralidade?

    Segundo as leis internacionais, neutralidade é a obrigação de um Estado de não interferir em conflitos militares de terceiros. Um país neutro não toma partido em uma guerra entre outras nações, e em retorno espera não ser atacado por quaisquer delas. Segundo essa regra, o Estado neutro também deve se abster de auxiliar qualquer uma das partes em luta, seja de forma direta ou indireta.

    Os exemplo mais conhecido de neutralidade é o da Suíça: o país continuamente neutro mais antigo do mundo. A nação não se envolve em um conflito armado desde que a sua neutralidade foi estabelecida no Congresso de Viena em 1815. Ela também não participa de alianças militares e suas forças armadas só podem ser usadas em defesa própria e para segurança interna.

    Continua após a publicidade

    Outros países europeus que também compartilham desse estatuto são Finlândia, Áustria e Suécia, que, diferente da Suíça, são Estados membros da União Europeia – bloco que tem suas próprias regras a respeito de defesa.

    Apesar de serem reconhecidas internacionalmente como neutras, Finlândia e Suécia mantém parceria com a OTAN, o que dificilmente seria aceito por Putin num acordo com Kiev.

    Ucrânia e a postura de neutralidade

    A própria Ucrânia já se aproximou de uma neutralidade em 2010, quando Viktor Yanukovich, presidente do país na época, incluiu na Constituição uma cláusula de não alinhamento a blocos militares. Essa cláusula foi revogada em 2014, quando o governo ucraniano viu como ameaça a intervenção militar que provocou a anexação da  Crimeia ao território russo. A renúncia ao estatuto de país não-alinhado marcou a aproximação de Kiev com a OTAN.

    Reunião entre representantes da OTAN e da Rússia em Bruxelas nesta quarta-feira (12)
    Reunião entre representantes da OTAN em Bruxelas (Getty/Getty Images)

    Condições impostas por Moscou para um cessar-fogo

    O acordo proposto por Putin, negociado primeira vez na última segunda-feira (14) envolveria Zelensky rejeitando a Otan e prometendo não hospedar bases militares estrangeiras ou armamento em troca de proteção de aliados como Estados Unidos, Reino Unido e Turquia.

    O presidente russo, Vladimir Putin, tem fechado o cerco contra veículos independentes da imprensa -
    O presidente russo, Vladimir Putin (Kremlin Press Service/Handout/Anadolu Agency/Getty Images)

    Em recente pronunciamento, o presidente da Ucrânia deu um passo atrás nas intenções de integrar a aliança militar ocidental, afirmando que “a porta da Otan não está aberta” para admissão.

    Continua após a publicidade
    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sentado à mesa do gabinete, em Kiev
    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em pronunciamento (YouTube/Reprodução)

    O maior ponto de discórdia continua sendo a exigência da Rússia de que a Ucrânia reconheça sua anexação da Crimeia e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.