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Emissários africanos iniciam encontro com Gbagbo

Líderes tentam convencer o presidente em fim de mandato a deixar que seu rival, considerado vencedor das últimas eleições, assuma o poder

Por Da Redação
3 jan 2011, 17h04
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  • Os presidentes do Benin, Cabo Verde e Serra Leoa, além do primeiro-ministro do Quênia, já chegaram à Costa do Marfim para oferecer imunidade judicial em troca da renúncia do presidente Laurent Gbagbo. O objetivo é que ele passe o poder pacificamente a Alassane Ouattara, vencedor das últimas eleições presidenciais do país. Após o Ano Novo, Gbagbo insistiu em dizer que ele é o presidente e voltou a pedir à Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) que saia do país.

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    A oferta seria a última tentativa, antes do uso da Força militar, de convencer Gbagbo a ceder pacificamente o poder a Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais marfinianas em 28 de novembro. Koroma, presidente de Serra Leoa, reiterou que esta visita “será a última” para tentar convencer Gbagbo a aceitar a saída pacífica.

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    No entanto, um porta-voz de Gbagbo, Ohoupa Sessegnon, disse à rede britânica BBC que a oferta será rejeitada. “Não se trata de Gbagbo aceitar ou não uma oferta. Gbagbo venceu as eleições”, disse. A missão da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) e da União Africana (UA) tenta evitar uma guerra. “Há indícios que Gbagbo poderia aceitar renunciar, mas ele quer garantias de que não será processado por violações dos direitos humanos quando deixar o poder”, disse nesta segunda-feira uma fonte da Cedeao que pediu anonimato.

    Além disso, Gbagbo quer conservar suas contas nos Estados Unidos e na Europa, que foram bloqueadas, e exige “que seus principais partidários tenham um lugar no novo Governo de Ouattara”, acrescentou a fonte.

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    Crise – A Costa do Marfim enfrenta uma retomada da guerra civil (2002-2007) que deixou o país dividido e controlado no sul pelas Forças Armadas e de segurança, leais a Gbagbo, e no norte pelas Forças Novas de Soro, que não se desarmaram após o conflito e respaldam a Ouattara.

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    O líder dos violentos Jovens Patriotas partidários de Gbagbo, Charles Blé Goudé, ameaçou a segurança na Costa do Marfim e insistiu em acabar com o governo de Ouattara. Se a ameaça se cumprir, a violência poderia atingir todo o país, onde os seguidores de Gbagbo, segundo denúncias da ONU e de aliados de Ouattara, também teriam o apoio de milícias e mercenários liberianos para cometer assassinatos, sequestros e outras graves violações dos direitos humanos.

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    Eleições – O Conselho Constitucional proclamou a vitória de Gbagbo nas eleições de 28 de novembro que, segundo a comissão eleitoral e a ONU, foi vencida por Ouattara. No poder desde 2000, Gbagbo foi reeleito presidente com 51,45% dos votos, contra 48,55% de seu rival, segundo resultados definitivos do segundo turno.

    O Conselho, que é liderado por um amigo do chefe de Estado, invalidou os resultados provisórios divulgados inicialmente pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), que dava a Ouattara uma ampla vitória, por 54,1% contra 45,9%. Isso foi feito “anulando” os votos em sete departamentos do norte, sob o controle do ex-movimento rebelde Forças Novas (FN) desde o golpe fracassado de 2002, e onde, segundo o grupo de Gbagbo, as eleições foram “fraudulentas”.

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    (Com agências EFE e France-Presse)

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