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Em meio a escândalos, Casa Branca aposta em ‘agenda positiva’

Assessores e estrategistas democratas se reúnem para discutir uma forma de voltar as atenções da opinião pública às prioridades da administração Obama

Por Da Redação
17 Maio 2013, 10h26
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  • Para tentar tirar o foco de três escândalos sucessivos que envolvem seu governo, o presidente Barack Obama deve apostar, agora, numa “agenda positiva”. Funcionários graduados da Casa Branca se reuniram nesta quinta-feira com estrategistas democratas de fora do Executivo para discutir uma forma de voltar as atenções novamente às prioridades de Obama, como a criação de empregos e a reforma da imigração. O grande desafio do presidente, contudo, será sair da areia movediça sem passar a impressão de que está tentando abafar as controvérsias.

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    Nos últimos dias, a administração Obama foi abalada pela denúncia de perseguição do fisco a inimigos políticos, pelas críticas por ter manipulado informações sobre o ataque ao consulado americano em Bengasi em 2012 e pela descoberta da violação do sigilo telefônico de jornalistas em uma investigação do Departamento de Justiça.

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    “Acho que o que eles (assessores de Obama) fizeram nos últimos dois dias é uma grande demonstração de que estão preparados a se apropriarem desse negócio e lidarem com ele”, disse Tad Devine, veterano estrategista democrata convidado para a reunião de quinta-feira.

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    “Sempre haverá solavancos no caminho. É a natureza disso. Acho que eles vão ficar bem, desde que se atenham às grandes questões”, disse Devine. É preciso sublinhar, no entanto, que Devine é partidário de Obama e obviamente tentará o defender dos escândalos, que podem, sim, afetar a carreira política do democrata e até mesmo afundar a candidatura de Hillary Clinton para a presidência em 2016.

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    Cerca de uma dezena de estrategistas externos foram recebidos pelo chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, pelos assessores presidenciais Valerie Jarrett e Dan Pfeiffer, pelo diretor de comunicações Jen Palmieri e pelo secretário de imprensa, Jay Carney.

    Pfeiffer confirmou a reunião, mas não deu detalhes. A equipe de Obama mantém reuniões regulares com conselheiros externos. A de quinta-feira foi marcada quando os três escândalos corriam a todo vapor, mas participantes disseram que seria incorreto descrevê-la como uma cúpula de crise.

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    Obama viaja nesta sexta-feira a Baltimore para falar sobre suas propostas para o ensino pré-escolar, a criação de empregos industriais e melhoras na infraestrutura. “Não posso pensar em melhor momento para a viagem”, disse Devine, segundo o qual as pesquisas consistentemente indicam que o eleitorado prefere que ocupantes de cargos eletivos se debrucem sobre a economia em vez de “questões periféricas”.

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    Escândalos – O IRS, órgão dos Estados Unidos equivalente à Receita Federal, foi acusado de perseguir grupos conservadores que tentavam conseguir isenção de impostos. O fisco utilizou palavras-chave como “tea party” e “patriot” para examinar minuciosamente as organizações consideradas inimigas políticas de Obama. O procedimento adotado pelo órgão mostra uma clara tentativa de limitar as vozes contrárias durante as eleições presidenciais do ano passado – exatamente o período em que aumentaram reclamações contra as revisões feitas pelo Fisco.

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    Além disso, o vazamento de uma troca de e-mails entre autoridades dos Estados Unidos e o então chefe da CIA, David Petraeus, comprovou que as informações preliminares sobre o ataque ao consulado em Bengasi no ano passado foram maquiadas para proteger o governo dois meses antes das eleições presidenciais.

    Paralelamente, a agência americana de notícias Associated Press (AP) disse que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos reuniu registros de mais de vinte linhas telefônicas usadas em sucursais da agência e também diretamente por repórteres. A AP classificou o ato como uma “intrusão maciça e sem precedentes” nas operações de apuração noticiosa.

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