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Em golpe a Biden, senador democrata retira apoio a políticas domésticas

Sem o voto de Joe Manchin em pacotes de clima e impostos, promessas de campanha de Biden não poderão ser realizadas

Por Amanda Péchy
15 jul 2022, 11h33

O senador dos Estados Unidos Joe Manchin, democrata da Virgínia Ocidental, informou na noite de quinta-feira 14 que ele não apoiaria o financiamento de programas climáticos e de energia, nem aumentaria impostos para corporações e americanos ricos. Com isso, ele efetivamente coloca um fim nas negociações para salvar peças-chave da agenda doméstica do presidente Joe Biden.

A decisão de Manchin, um democrata de tendência conservadora cuja oposição paralisou o pacote econômico de Biden em um Senado dividido, foi um golpe na tentativa de seu partido aprovar uma rede de segurança social, um pacote de clima e um pacote tributário.

Nos últimos meses, os democratas reduziram as ambições do plano para conquistar Manchin, esperando que ele concordasse em apoiar uma proposta mais moderada.

Mas em uma reunião nesta quinta-feira com o senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, Manchin disse que só apoiaria um plano para reduzir o custo dos medicamentos e uma extensão de subsídios do sistema de saúde Affordable Care Act, que caducaria no fim do ano.

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“As manchetes políticas não têm valor para os milhões de americanos que lutam para comprar mantimentos e gasolina enquanto a inflação sobe para 9,1%”, disse Sam Runyon, porta-voz de Manchin.

“O senador Manchin acredita que é hora de os líderes deixarem as agendas políticas de lado, reavaliarem e se ajustarem às realidades econômicas que o país enfrenta para evitar tomar medidas que joguem gasolina sobre o fogo da inflação.”

+ Palavra final: o voto de um único senador pode mudar tudo nos EUA

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Como os democratas controlam o Senado por uma maioria simples de 50 a 50 – a vice-presidente Kamala Harris tem o Voto de Minerva –, a decisão de Manchin é, essencialmente, um veto sobre o pacote de política doméstica. É muito provável que os democratas percam mais assentos nas eleições de meio de mandato em novembro (tanto no Senado quanto na Câmara), então o pacote era última chance do partido aprovar altos investimentos, assim como mudar a legislação tributária.

Manchin bateu o martelo poucos dias depois que um relatório mostrou que a inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% em junho. Mesmo assim, foi uma surpresa para seus colegas democratas, já que ele costumava se mostrar aberto a revisar o código tributário.

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A retirada do apoio foi particularmente devastadora para as políticas climáticas e energéticas. Sem ação do Congresso, será impossível cumprir a meta de Biden de reduzir as emissões dos Estados Unidos pela metade até 2030. Essa meta visava cumprir o Acordo de Paris, que recomenda manter o aquecimento do planeta abaixo do 1,5ºC em comparação com os níveis pré-industriais. A Terra já aqueceu cerca de 1,1ºC.

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