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Em ‘avanço científico’, EUA fazem fusão nuclear com resultado inédito

Grupo de pesquisadores da Califórnia registrou, pela primeira vez, mais energia produzida na reação do que a gasta com o processo

Por Da Redação
Atualizado em 12 dez 2022, 18h15 - Publicado em 12 dez 2022, 18h10

Um grupo de cientistas dos Estados Unidos teve resultados inéditos em um teste de produção de energia por fusão nuclear nesta segunda-feira, 12. De acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, registraram pela primeira vez um ganho maior de energia na reação de fusão do que a consumida no processo.

O resultado do experimento pode significar um grande passo para o fornecimento de energia limpa e diminuição da dependência de combustíveis fósseis.

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A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Após a notícia ter sido vazada, no entanto, a secretária de Energia, Jennifer Granholm, afirmou que vai realizar uma coletiva de imprensa na terça-feira para anunciar um “grande avanço científico”.

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A fusão nuclear é um processo em que os núcleos de dois átomos são expostos a uma temperatura maior que 100 milhões de graus Celsius para se juntarem e formarem um grande núcleo, gerando descarga energética. A reação não ocorre naturalmente na Terra e os cientistas americanos precisaram usar lasers para bombardear os isótopos de hidrogênio com raios e transformá-los em hélio e energia (luz e calor).

No entanto, a tecnologia utilizada no experimento tem certos obstáculos. Ainda é preciso encontrar uma maneira de conter o calor de forma econômica e fazer com que os lasers continuem a disparar raios de forma consistente. Além disso, o processo consome grandes quantidades de energia e é um desafio torná-lo autossustentável.

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Caso a fusão nuclear comece a ser comercializada, o que os patrocinadores do programa acreditam que possa ser feito em pouco mais de uma década, haveria vários benefícios, como a geração de eletricidade sem emissão de gases causadores do efeito estufa, um avanço para a luta contra as mudanças climáticas. Mas mesmo que o resultado obtido pelos cientistas represente de fato um avanço, o caminho para que a produção de eletricidade via fusão nuclear possa ser utilizada no dia a dia é longo.

No mercado, ainda há outras fontes de energia mais baratas e com uma maior cadeia de suprimentos, como eólica e solar. Essas fontes renováveis, contudo, são intermitentes – com fusão nuclear, seria possível oferecer energia limpa 24h por dia, e com menos riscos e resíduos que a fissão nuclear, princípio da bomba atômica.

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Vários investidores, como Bill Gates, Jeff Bezos e John Doerr, já colocam parte de suas fichas em empresas que pesquisam sobre a fusão. Em 2021, segundo a Fusion Industry Association, a indústria privada garantiu US$2,8 bilhões (R$ 14,8 bilhões) neste ramo, o que totalizou cerca de US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões) nos últimos anos.

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