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Dez suspeitos da morte de jornalista brasileiro são presos no Paraguai

Grupo atua no crime organizado e tráfico de armas e estaria vinculado ao PCC; três detidos são do Brasil

Por Denise Chrispim Marin 22 fev 2020, 11h28

Mega-operação policial em San Juan Caballero, no Paraguai, prendeu neste sábado dez pessoas suspeitas de envolvimento com o crime organizado, o tráfico de armas e assassinatos, entre os quais o do jornalista brasileiro Lourenço Veras, proprietário do portal Porã News, na noite de 12 de fevereiro. Entre os detidos estão três brasileiros: Luis Fernando Leite Nunez, Sanção de Sousa e Leonardo de Sousa Concepción, segundo o jornal paraguaio ABC Color.

A operação foi conduzida nesta madrugada por agentes do Departamento Contra o Crime Organizado e promotores do Ministério Público paraguaio. Houve apreensões de quatro pistolas Glock calibre 9mm, o mesmo tipo de arma usada na execução de Veras, informou a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Também foi encontrado cinco veículos, entre os quais um Jeep Renegate branco que pode ter sido usado no assassinato, escopetas, revólveres, munições, telefones celulares e câmeras de fotografia.

A mesma arma foi usada na execução de Veras foi usada nos assassinatos de pelo menos outras sete pessoas em Pedro Juan Caballero. Todos os crimes estariam relacionados à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), informou a Abraji.

A associação relatou que quatro assassinos de aluguel estiveram envolvidos na execução do jornalista. Três deles invadiram a casa de Veras, no bairro de Jardim Aurora, em Ponta Porã, e logo começaram a atirar. Ele tentou escapar pelos fundos do imóvel, mas foi alvejado por 12 tiros e morreu no local.

Tim Lopes

Todos os indícios sugerem que a morte de Veras esteja relacionada ao exercício de sua profissão. Por isso, será o terceiro assassinato a ser incluído no Programa Tim Lopes, desenvolvido pela Abraji e do qual VEJA faz parte, com o apoio da Open Society Foundations, para combater a violência contra jornalistas e a impunidade dos responsáveis.

Em caso de crimes ligados ao exercício da profissão, uma rede de veículos da mídia tradicional e independente é acionada para acompanhar as investigações e publicar reportagens sobre as denúncias em que o jornalista trabalhava até ser morto. Além do repórter da Rede Globo assassinado em junho de 2002, que dá seu nome ao programa, estão incluídas as mortes do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, em Edealina Goiás, janeiro de 2018, a mando do ex-vereador José Eduardo Alves da Silva, que teria pago 5.000 reais e fornecido um  revólver.

Outro caso é o do radialista Jairo de Sousa, morto em 21 de junho de 2018, quando chegava para trabalhar na rádio Pérola FM, em Bragança, no Pará. O suspeito de ser o mandante é o vereador Cesar Monteiro., que teria contratado dez matadores de aluguel por 30.000 reais.

 

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