A Academia Sueca de Letras, responsável pelo Prêmio Nobel de Literatura, enviou à gráfica na semana passada o dicionário oficial do país, depois de 140 anos de elaboração, disse o editor do projeto, Christian Mattsson, nesta quarta-feira, 25.
O Dicionário da Academia Sueca (SAOB), equivalente da Suécia ao Dicionário da língua portuguesa (DLP), da Academia Brasileira de Letras, começou a ser elaborado em 1883, e foi desenvolvido por 137 funcionários em tempo integral e contém 33.111 páginas, divididas em 39 volumes.
No entanto, o lançamento não significa que a publicação não receba mais mudanças no futuro próximo. Ainda faltam atualizações nos volumes de A a R, que por serem antigos estão desatualizados e precisam incluir palavras mais modernas.
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“Uma dessas palavras é ‘alergia’, que chegou à língua sueca por volta da década de 1920, mas não está no volume ‘A’ porque foi publicado em 1893”, disse Mattsson.
Mais 10 mil palavras serão adicionadas nos próximos sete anos, entre elas “boneca Barbie”, “app” e “computador”.
Desde 1521 até os dias de hoje, o SAOB funciona como um registro histórico da língua sueca. Apenas 200 exemplares foram publicados e são usados principalmente por pesquisadores e linguistas.
Fundada em 1786 pelo rei Gustavo III, a Academia Sueca tem como objetivo promover a língua e a literatura do país e trabalhar pela “pureza, vigor e majestade” do idioma sueco.