Os representantes das 195 nações que participam da 21ª Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-21), em Paris, retomaram nesta terça-feira as negociações para chegarem a um acordo internacional contra o aquecimento global. Nesta segunda-feira, durante a abertura do evento, 150 chefes de Estado e de Governo discursaram. Muitos deles, incluindo a presidente Dilma Rousseff, já retornaram a seus países, deixando que as delegações deem continuidade ao debate.
As negociações do segundo dia de COP-21 começaram às 9h no horário local (7h em Brasília). Entre os chefes de Estado de continuam na capital francesa está o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que dará uma entrevista coletiva ainda nesta terça-feira, antes de retornar a Washington.
Em sua fala na abertura do encontro, Obama reconheceu a responsabilidade de seu país nas emissões de dióxido de carbono e se “comprometeu em fazer algo em relação a isso”, embora não tenha especificado as medidas que serão tomadas. O presidente americano afirmou que anunciaria as contribuições dos Estados Unidos para países menos desenvolvidos nesta terça-feira.
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Também está previsto para esta terça-feira um discurso do príncipe Charles, que deve defender maiores esforços da Europa para proteger as florestas e combater a destruição de áreas verdes por interesses econômicos.
Metas – As discussões da COP-21 vão acontecer até o dia 11 de dezembro. As autoridades têm a missão de tentar fechar um acordo que limite o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa, responsáveis por 86% do carbono que chega à atmosfera e por grande parte do aumento da temperatura.
O encontro deste ano tem uma relevância especial, pois dele sairá a assinatura de um tratado que deve substituir o defasado protocolo de Kyoto, em vigor desde 1997. O texto do novo acordo, cujo esboço foi feito na reunião de 2014, será o novo guia para regular o corte das emissões de carbono, que deve ser seguido por todas as nações.
(Da redação)