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Crítico de Xi Jinping usa jetski para fugir da China para a Coreia do Sul

O dissidente chinês Kwon Pyong, 35, foi detido pela guarda costeira sul-coreana depois de ficar encalhado em lodaçais perto de Incheon

Por Da Redação
23 ago 2023, 09h57

A guarda costeira da Coreia do Sul disse nesta quarta-feira, 23, que um dissidente chinês foi de jetski de seu país até a cidade sul-coreana de Incheon, uma viagem de mais de 300 quilômetros, rebocando barris de combustível para garantir que completaria a jornada. O homem, identificado por grupos ativistas chineses como Kwon Pyong, 35, era crítico do líder da China, Xi Jinping, e chegou a ser preso pelo regime.

Kwon foi detido pela guarda costeira sul-coreana na noite da última quarta-feira 16, depois de ficar encalhado em um lamaçal perto da cidade portuária de Incheon. Segundo a agência de notícias AFP, ele é um ativista de direitos humanos em busca de asilo, que foi preso em seu país por ser crítico ferrenho de Xi.

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A guarda costeira de Incheon foi alertada por militares da Coreia do Sul sobre uma “embarcação não identificada” que rastreou naquela noite por cerca de 90 minutos, que parecia ter ficado encalhada perto do terminal de cruzeiros do porto da cidade. Além disso, a guarda costeira foi acionada pelos serviços de emergência, que receberam uma ligação do homem pedindo socorro.

Segundo as autoridades, o homem estava de colete salva-vidas e capacete. Seu jetski também rebocava vários barris de gasolina, que usou para reabastecer o tanque ao longo da viagem.

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A guarda costeira não identificou o preso, mas Lee Dae-seon, da organização sem fins lucrativos Dialogue China, disse à agência AFP que se tratava de Kwon.

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O ativista foi preso em outubro de 2016 por acusações de “subverter o poder do Estado” ao “insultar a autoridade do Estado e o sistema socialista”. Os promotores citaram postagens nas redes sociais e roupas com mensagens que criticavam Xi. Ele foi condenado a 18 meses de prisão e solto em março de 2018, segundo a ONG Front Line Defenders.

Nos anos anteriores à sua prisão, Kwon fez campanha contra os abusos dos direitos humanos e as perseguições pelas autoridades chinesas, participou de ações de apoio a advogados de direitos humanos presos, criticou abertamente o massacre da Praça da Paz Celestial e viajou para Hong Kong para os grandes protestos de 2014.

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Sob o governo de Xi, a China intensificou a repressão aos dissidentes, ativistas políticos, defensores dos direitos humanos e advogados. Os visados ficam, frequentemente, proibidos de deixar o país por rotas normais. Lee disse à AFP que Kwon fez uma viagem arriscada após anos de vigilância e perseguição política.

“Ele agora está avaliando se deve solicitar o status de refugiado na Coreia do Sul ou escolher um terceiro país”, disse Lee.

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