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China acusa funcionário de empresa militar de ser espião da CIA

Pequim diz que o homem, identificado como Zeng, teria fechado um acordo com a agência americana durante período de intercâmbio na Itália

Por Da Redação
11 ago 2023, 12h41

A agência de espionagem civil da China expôs um cidadão chinês por supostamente fornecer informações militares confidenciais para a CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos. Essa é a mais recente de uma série de acusações de espionagem altamente públicas entre Washington e Pequim.

Em um comunicado nesta sexta-feira, 11, o Ministério de Segurança da China disse que o suspeito, identificado pelo sobrenome Zeng, trabalhava para um grupo industrial militar chinês não identificado em uma função que lhe dava acesso a importantes informações confidenciais. O homem supostamente recebeu “uma enorme quantia” em dinheiro e imigração para os EUA para sua família, em troca de informações confidenciais sobre os militares chineses.

Zeng supostamente teria sido enviado por seu empregador para avançar seus estudos na Itália. Enquanto estava lá, ele teria sido abordado por um funcionário da embaixada dos Estados Unidos, e eles gradualmente desenvolveram um “relacionamento próximo” por meio de atividades como jantares, passeios e óperas. Porém, à medida em que o relacionamento foi aprofundado, o americano revelou ser funcionário da CIA e fez o acordo com o chinês.

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O ministério disse que Zeng assinou um acordo de espionagem com os EUA e recebeu avaliação e treinamento. Ao concluir seus estudos, Zeng retornou à China e supostamente se reuniu com o pessoal da CIA várias vezes para fornecer “uma grande quantidade de inteligência central”.

Depois de obter evidências de suas atividades de espionagem em uma investigação, Pequim afirmou que tomou “medidas compulsórias” contra Zeng. O caso foi entregue aos promotores para revisão e indiciamento.

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O Ministério de Segurança da China é uma agência civil que supervisiona a inteligência e a contraespionagem dentro e fora da China. Porém, recentemente, a pasta assumiu um perfil mais elevado. No início do mês, lançou uma conta pública no Wechat, o superaplicativo da China, convocando “todos os membros da sociedade” a se unirem à luta contra a espionagem e oferecendo recompensas e proteção para quem fornecer informações.

No mês passado, a China também apresentou uma versão revisada de sua já abrangente lei de contraespionagem, que expandiu ainda mais a definição de espionagem.

A espionagem entre Estados Unidos e China não é recente, mas a deterioração dos laços entre as duas maiores economias do mundo sobrecarregou essa rivalidade. Os governantes do Partido Comunista chinês há muito defendem a narrativa de que “forças estrangeiras” estão tentando minar a ascensão do país, enquanto o presidente Xi Jinping fez da segurança do Estado sua principal prioridade.

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As operações da CIA na China sofreram um revés impressionante a partir de 2010, quando o governo chinês matou ou prendeu mais de uma dúzia de fontes ao longo de dois anos. Em 2021, a agência passou a reformular a forma como treina e gerencia sua rede de espiões como parte de uma ampla transição para se concentrar mais de perto em adversários como China e Rússia.

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