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Crianças foram torturadas pelo EI na Síria, denuncia ONG

A organização Human Rights Watch (HRW) afirmou que o grupo terrorista submeteu dezenas de meninos a espancamentos e abusos psicológicos

Por Da Redação
4 nov 2014, 18h57
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  • Crianças que foram reféns do Estado Islâmico descreveram os momentos de pavor que passaram em poder dos terroristas em Kobani, cidade síria na fronteira com a Turquia onde forças curdas tentam impedir o avanço jihadista. Meninos que fugiram para o país vizinho depois de serem libertados, no final de setembro, disseram que foram espancados e obrigados a assistir a vídeos de decapitações e ataques do EI. A denúncia foi feita nesta terça-feira pela ONG Human Rights Watch.

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    “Desde o início da revolta na Síria, as crianças têm sofrido os horrores da detenção e da tortura, impostos primeiro pelo governo Assad e agora pelo EI”, disse Fred Abrahams, conselheiro para direitos das crianças na HRW.

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    As informações foram obtidas pela organização por meio de entrevistas com quatro garotos com idades entre 14 e 16 anos, que foram reféns dos terroristas durante quatro meses. Eles estavam entre os 153 meninos curdos sequestrados pelo EI no final de maio, quando voltaram para Kobani depois de fazerem provas escolares em Alepo.

    Cerca de cinquenta jovens escaparam ou foram liberados entre junho e setembro e outros quinze teriam sido trocados por terroristas capturados pela Unidade de Proteção Popular (YPG), principal milícia curda na Síria. Os últimos 25 garotos foram libertados no final de outubro. Os quatro que falaram com a HRW disseram não saber por que foram soltos. (Continue lendo o texto)

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    O relatório da ONG afirma que os garotos eram obrigados a rezar cinco vezes por dia e a decorar partes do Corão. Se não fossem bem nas lições religiosas ou tentassem escapar, eram espancados. “Às vezes eles batiam na gente sem razão”, disse um garoto de 16 anos.

    Os que tinham parentes na milícia curda recebiam castigos piores. “Eles os forçavam a passar o endereço das famílias, primos e tios, dizendo que iam mutilar todos eles quando chegassem a Kobani”, contou um dos garotos.

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    Ajuda – Em Kobani, os curdos têm sido auxiliados por bombardeios aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos e por combatentes curdos iraquianos, os peshmerga, que tiveram permissão para cruzar o território da Turquia e se juntar à luta contra o Estado Islâmico na cidade sitiada.

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    Apesar da pressão americana, Ancara não quer ir além da permissão de ceder seu território para a movimentação de tropas, por temer que a ajuda beneficie apenas o regime do ditador sírio Bashar Assad, seu inimigo. Também se recusa a ajudar militarmente o YPG, braço armado do Partido da União Democrática, visto como o correspondente sírio do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, grupo separatista que enfrenta as forças de segurança da Turquia desde 1984.

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