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Estado Islâmico executa 220 membros de tribo no Iraque

Relatório aponta que jihadistas também chacinaram 600 presidiários em junho

Por Da Redação
31 out 2014, 06h17

Militantes do Estado Islâmico (EI) executaram pelo menos 220 iraquianos em retaliação a uma tribo que se opôs ao seu avanço sobre territórios a oeste da capital Bagdá. Duas valas comuns foram encontradas nesta quinta-feira com centenas de membros da tribo Albu Nimr, que apesar de ser da corrente sunita como o EI, se opõe aos jihadistas e é aliada do governo iraquiano. Os mortos têm entre 18 e 55 anos. Eles foram executados à queima-roupa, afirmaram testemunhas. Os cadáveres de mais de 70 homens da tribo foram desovados perto da cidade de Hit, na província de Anbar, bastião sunita no Iraque, de acordo com as testemunhas. A maioria das vítimas era composta por membros da polícia ou da milícia anti-Estado Islâmico chamada de Sahwa (Despertar).

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“Encontramos estes corpos no início desta manhã, e militantes do Estado Islâmico nos disseram que ‘aquelas pessoas são do Sahwa, que combateram seus irmãos do Estado Islâmico, e esta é a punição de qualquer um que combata o Estado Islâmico'”, disse a testemunha. Os insurgentes haviam ordenado aos homens da tribo que abandonassem seus vilarejos e fossem para Hit, 130 quilômetros a oeste de Bagdá, prometendo-lhes “passagem livre”, afirmaram líderes tribais. Em seguida foram capturados e fuzilados.

Uma vala comum próxima da cidade de Ramadi, também na província de Anbar, continha 150 membros da mesma tribo, disseram autoridades de segurança. A milícia Despertar foi criada com incentivo dos Estados Unidos para combater a Al Qaeda durante a escalada na ofensiva dos EUA em 2006-2007. Washington, que não tem mais tropas terrestres no Iraque mas fornece apoio aéreo, espera que o governo consiga refazer sua aliança frágil com as tribos sunitas, especialmente em Anbar, que agora está quase totalmente dominada pelo Estado Islâmico, também sunitas que seguem uma versão linha-dura do islamismo.

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Mas líderes tribais sunitas, ao saber das notícias sobre o massacre da tribo Albu Nimr, voltaram suas queixas para o governo iraquiano, dominado por xiitas, de ignorar seus pedidos por mais armas e munições. “O EI matou centenas de pessoas da Albu Nimr por causa do desleixo do governo ao ignorar os pedidos da tribo por armas que são necessárias para sua defesa”, disse o deputado Ghazi Faisal Al-Ka’uod, que é membro da Albu Nimr.

Chacina – Em mais um episódio envolvendo chacinas cometidas pelo Estado Islâmico, a ONG Human Rights Watch revelou nesta quinta-feira em um relatório que o jihadistas executaram 600 presidiários iraquianos em junho, ao conquistar a segunda maior cidade do país, Mosul. Segundo quinze sobreviventes do massacre, os detentos da prisão de Badoosh foram forçados a se ajoelharem ao longo de um barranco e foram mortos com o uso de armas automáticas. As vítimas cumpriam sentenças que iam de homicídio e atentados a crimes não violentos. Entre 30 e 40 detentos sobreviveram ao massacre, rolando para dentro do vale para fingir estarem mortos ou usar os corpos de outros prisioneiros como defesa.

(Com agências Reuters e Estadão Conteúdo)

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