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Costa dos EUA se tornou terreno fértil para furacões violentos, diz estudo

De acordo com pesquisadores, o aquecimento global criou uma série de condições climáticas que intensificam a formação desses fenômenos na costa leste

Por Matheus Deccache
Atualizado em 17 out 2022, 14h21 - Publicado em 17 out 2022, 14h19

A costa atlântica dos Estados Unidos se tornou um terreno fértil para furacões intensos, aponta novo estudo divulgado nesta segunda-feira, 17, e a tendência é que esses fenômenos se intensifiquem cada vez com o uso contínuo de combustíveis fósseis.

De acordo com a publicação na revista científica Geophysical Research Cartas, o aquecimento global, causado pelas emissões de gases de efeito estufa da queima de petróleo, gás e carvão, é o principal fator para a formação de tempestades e inundações cada vez mais severas da costa leste americana nos últimos 40 anos. 

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O artigo afirma que a rápida intensificação desses fenômenos fez com que ficasse mais difícil prevê-los, de modo que os serviços meteorológicos não conseguem emitir alertas à população a tempo. 

Ao analisar a atividade das tempestades e as condições que as moldaram, os pesquisadores descobriram que as taxas com que os furacões ganham velocidade perto da costa atlântica dos Estados Unidos aumentaram significativamente entre 1979 e 2018.

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Segundo o Departamento de Energia do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, a região tem uma combinação única de condições ambientais que não são encontradas em outros lugares do mundo que favorece a rápida formação de tempestades úmidas.

Em setembro, o furacão Ian matou pelo menos 126 pessoas e causou destruição na Flórida depois de atingir a categoria 4 em menos de 24 horas. Tempestades que se intensificam perto da costa são mais mortais e destrutivas, pois o aumento do nível do mar leva a maré para mais longe no interior.

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Para que um fenômeno como esse evolua rapidamente é necessária uma série de condições, que começaram a acontecer com mais frequência nos últimos anos devido ao aquecimento global, apontam os pesquisadores. Um desses fatores é a diferença de temperatura entre a água e a terra, que aumentou à medida que o planeta aqueceu. 

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Outro exemplo de rápida intensificação foi o furacão Maria, em 2017, que evoluiu da categoria 1 para a 5 em apenas 15 horas. Na época, ele causou a morte de mais de 3 mil pessoas e foi responsável pelo maior apagão da história dos Estados Unidos. 

Além da costa leste americana, a mesma mistura de condições pode se formar em muitas outras regiões, incluindo aquelas próximas à costa leste da Ásia e no noroeste do Mar Arábico, de acordo com o estudo.

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Por fim, o artigo realizou projeções de vários modelos climáticos que sugerem que a tendência destrutiva irá continuar, a menos que os combustíveis fósseis sejam eliminados o mais rápido possível. 

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