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Coreia do Sul reconhece ‘fracasso’ por inundações que deixaram 40 mortos

Dias de chuva torrencial atingem regiões central e sul do país desde a última quinta-feira

Por Da Redação
17 jul 2023, 12h44

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, culpou nesta segunda-feira, 17, o fracasso das autoridades em seguir as regras de resposta a desastres, à medida em que o número de mortos em decorrência das inundações no país subiu para 40. As vítimas incluíam uma dúzia de pessoas que ficaram presas em uma passagem subterrânea.

Dias de chuva torrencial atingem as regiões central e sul do país desde a última quinta-feira, 13, enquanto a temporada chuvosa da Coreia do Sul atinge o seu pico. O Ministério do Interior também relatou nove pessoas desaparecidas e 34 feridas em todo o país.

Doze mortes, incluindo três corpos encontrados durante a noite, ocorreram em um túnel em Cheongju, a cerca de 110 km ao sul de Seul. Em torno de 16 veículos, incluindo um ônibus, foram inundados por uma enchente no local após o colapso de uma represa.

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De acordo com o Ministério do Interior, quase 900 bombeiros, policiais e militares participaram da operação de resgate da passagem subterrânea, usando barcos, drones subaquáticos e outros equipamentos. Seo Jeong-il, chefe dos bombeiros no oeste de Cheongju, disse que embora os esforços de busca continuassem, não havia sinais de mais vítimas nos veículos restantes no túnel.

O incidente gerou dúvidas sobre os esforços da Coreia do Sul para prevenir e responder aos danos causados pelas enchentes. Alguns motoristas que usam a estrada regularmente culparam o governo por não proibir o acesso à passagem subterrânea, apesar da previsão de inundações.

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Nesta segunda-feira, 17, Yoon admitiu que a situação piorou devido à má gestão de áreas vulneráveis em uma reunião com autoridades. O presidente voou em um helicóptero sobre algumas áreas devastadas.

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“Enfatizamos repetidamente o controle de acesso a áreas perigosas e a evacuação preventiva desde o ano passado, mas se os princípios básicos de resposta a desastres não forem mantidos no local, será difícil garantir a segurança pública”, disse Yoon.

Anteriormente, Yoon pediu o máximo esforço para resgatar as vítimas restantes e prometeu apoio aos afetados, incluindo a designação de áreas atingidas por enchentes como zonas especiais de desastre. Ele se encontrou com moradores em Yecheon, na província de Gyeongsang do Norte, uma área atingida por deslizamentos de terra onde 19 pessoas morreram e oito continuam desaparecidas.

“O governo vai restaurar tudo, então não se preocupe muito”, afirmou Yoon.

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As inundações já mataram dezenas de pessoas durante as últimas estações chuvosas, à medida que os padrões climáticos se tornaram mais extremos. No ano passado, o governo prometeu tomar medidas para lidar melhor com os desastres causados pelas mudanças climáticas, depois que as chuvas mais fortes em 115 anos atingiram Seul, deixando pelo menos 14 mortos e inundando metrôs, estradas e casas.

Entre as medidas estava a eliminação gradual dos apartamentos localizados no subsolo da cidade, chamados de “banjiha”, que ficaram famosos sendo retratados no filme ganhador de Oscar “Parasita” (2019). A decisão foi tomada depois que quatro pessoas morreram afogadas dentro dessas casas durante tempestades que atingiram o país em 2022.

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Enquanto isso, a situação na Coreia do Norte permanece incerta. Porém, nas últimas semanas a mídia estatal informou sobre fortes chuvas e se referiu a medidas para proteger as plantações no país.

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O Ministério da Unificação do Sul disse que pediu a Pyongyang para notificar Seul sobre quaisquer planos de liberar água de sua barragem de Hwanggang. Em 2009, a liberação de água da barragem resultou em inundações que mataram seis sul-coreanos.

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