O governo dos Estados Unidos acusou nesta sexta-feira 13, a Coreia do Norte de entregar mais de 1.000 contêineres com equipamentos militares e munições à Rússia, para serem usados nos próximos confrontos da guerra na Ucrânia.
Em imagens divulgadas por Washington, os contêineres enviados entre 7 de setembro e 1º de outubro foram embarcados em um navio de bandeira russa antes de serem transportados de trem para o sudoeste do país de Vladimir Putin.
Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, os Estados Unidos repudiam os gestos e acreditam que o regime de Kim Jong-un quer usar o auxílio bélico como uma fonte de barganha para que os russos impulsionem e respaldem o programa militar e nuclear da Coreia do Norte.
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“Condenamos a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] por fornecer à Rússia este equipamento militar, que será usado para atacar cidades ucranianas e matar civis ucranianos e promover a guerra ilegítima da Rússia”, disse Kirby.
“Em troca de apoio, avaliamos que Pyongyang está buscando assistência militar da Rússia, incluindo aviões de combate, mísseis terra-ar, veículos blindados, equipamentos de produção de mísseis balísticos ou outros materiais e tecnologias avançadas”, acrescentou o porta-voz americano.
No mês passado, o líder norte-coreano viajou para Moscou para uma reunião com Putin. A visita, que também contou com passagens por diversos centros militares, levantou suspeitas sobre um possível plano para reabastecer os estoques de munições da Rússia, escassos devido ao prolongamento do conflito ucraniano.
O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, think tank sediado na capital dos Estados Unidos, Washington D.C., publicou na semana passada fotos de satélite que indicavam um aumento significativo no tráfego ferroviário ao longo da fronteira entre a Coreia do Norte e a Rússia.
As imagens mostram aproximadamente 73 vagões na instalação de Tumangang, enquanto o mais comum nos últimos cinco anos eram, no máximo, só 20 vagões.
Essa não é a primeira vez que os Estados Unidos responsabilizam a Coreia do Norte pelo fornecimento de munições, granadas de artilharia e foguetes à Rússia. Em novembro de 2022, acusações semelhantes foram feitas pelos americanos – e prontamente negadas pelos norte-coreanos.