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Conselho de Segurança da ONU vai discutir tensão entre Venezuela e Guiana

Encontro 'urgente' ocorre a pedidos do chanceler da Guiana, Hugh Hilton Todd, após ameaças de anexação da região de Essequibo pelo governo Maduro

Por Da Redação
7 dez 2023, 17h45

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta sexta-feira, 8, para abordar as tensões e o possível conflito envolvendo Venezuela e Guiana, mostra o cronograma da organização.

Informações da agência de notícias francesa AFP, que teve acesso a um documento interno redigido pelo chanceler da Guiana, Hugh Hilton Todd, mostram que uma “uma reunião urgente” foi solicitada pelo governo guianense, em uma tentativa de evitar que Essequibo seja anexada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Na carta, Todd afirmou que o país vizinho tomou atitudes que “apenas devem agravar a situação” e apelou que o comportamento de Maduro “constitui claramente uma ameaça direta à paz e à segurança da Guiana, e mais amplamente ameaça a paz e a segurança de toda a região”.

+ Guiana diz que vai acionar Conselho de Segurança da ONU sobre Essequibo

Na quarta-feira 6, o presidente guianense, Mohamed Irfaan Ali, anunciou que o país convocaria o Conselho de Segurança para conter o “desrespeito flagrante” de Caracas, acrescentando que a “Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo”.

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A história da disputa

A região conturbada, de 160 mil km², representa 74% do território da Guiana, país que administra a área desde 1996, ano em que declarou independência do Reino Unido. A Venezuela alega que o local, rico em petróleo e minérios, foi tirado de seu domínio através de uma arbitrária sentença de Paris, em 1899. A reivindicação de Maduro encontrou eco em um recente e controverso reverendo, realizado no último domingo, em que mais de 95% dos eleitores aprovaram a formação do estado de Guiana Essequiba.

+ EUA farão manobras militares na Guiana em meio a disputa com Venezuela

A consulta pública, contudo, registrou baixa participação da população: entre os 20,7 milhões de convocados, apenas 10,5 milhões compareceram às urnas. Embora o líder de Caracas tenha bradado a “vitória esmagadora”, o plebiscito não tem valor vinculativo, ou seja, não oferece um sinal verde oficial para que os planos de Maduro sejam concretizados. A burocracia parece não ter afetado o presidente, que concedeu nacionalidade aos 125 mil habitantes da região e divulgou o novo mapa do país, em que continha o território sequestrado.

Na véspera, Maduro informou que a petrolífera estatal PDVSA permitirá a exploração de petróleo, gás e minerais em Essequibo, bem como implementou uma zona militar situada a 100 km da divisa entre os países. A disputa chamou, inclusive, a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), notório aliado de Caracas, que pediu “bom senso” de ambos os lados e enviou 16 blindados para Roraima, estado fronteiriço. 

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