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Congresso dos EUA promete investigar policiais do Capitólio

Parlamentares atribuem invasão de apoiadores de Trump à possível falta de preparo dos oficiais; críticos acusam policiais de terem sido tolerantes demais

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2021, 16h19 - Publicado em 7 jan 2021, 16h11
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  • Trump supporters clash with police and security forces as they push barricades to storm the US Capitol in Washington D.C on January 6, 2021. - Demonstrators breeched security and entered the Capitol as Congress debated the a 2020 presidential election Electoral Vote Certification. (Photo by ROBERTO SCHMIDT / AFP)
    Apoiadores de Trump entram em confronto com a polícia e empurram barricadas para invadir o Capitólio dos Estados Unidos - 06/01/2021 (Roberto Schmidt/AFP)

    Senadores e deputados dos Estados Unidos prometeram, nesta quinta-feira, 7, abrir uma investigação sobre como a polícia lidou com a invasão ao Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump no dia anterior. Especula-se que a multidão possa ter ultrapassado as barricadas e chegado ao plenário devido à falta de preparação dos agentes de segurança.

    A Polícia do Capitólio americano, encarregada de proteger o Congresso, não conseguiu impedir que uma multidão acuasse legisladores e jornalistas dentro do prédio. Os parlamentares tiveram de se esconder debaixo de mesas e colocar máscaras de gás durante a ocupação de mais de uma hora.

    Somente depois que os apoiadores de Trump deixaram a área na noite da quarta-feira 6, frente a um toque de recolher implementado pela prefeitura de Washington, a sessão parlamentar pôde certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

    Ao menos quatro pessoas morreram, uma delas uma mulher que foi baleada pela polícia e morta dentro do Capitólio. Robert Contee, chefe do Departamento de Polícia Metropolitana da cidade, confirmou que três outras pessoas morreram após “emergências médicas” relacionadas à invasão.

    A polícia disse que 52 pessoas foram presas na noite de quarta-feira, incluindo 26 no Capitólio. Ao todo, 14 policiais ficaram feridos.

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    A democrata Zoe Lofgren, deputada da Califórnia e Presidente do Comitê de Administração da Câmara, disse que a violação “levanta graves preocupações com a segurança”, acrescentando que seu comitê trabalhará com os líderes da Câmara e do Senado para avaliar a resposta da polícia e seu preparo.

    A deputada democrata Val Demings, da Flórida, que é ex-chefe de polícia, disse que é “dolorosamente óbvio” que os oficiais do Capitólio não estavam preparados.

    Além disso, os agentes de segurança do Capitólio foram criticados por uma suposta tolerância com a multidão de apoiadores do atual presidente, em sua maioria homens brancos. Enquanto vídeos da polícia apontando suas armas e correndo ao redor do prédio tenham sido compartilhados, foi a multidão dominando o prédio com sucesso – incluindo pessoas sentando-se na frente do Senado – que chamou a atenção.

    “É sempre interessante ver como os manifestantes brancos podem encontrar tão pouca resistência e violar o capitólio com o vice-presidente lá, enquanto os manifestantes negros estariam mortos em frente ao prédio do capitólio agora mesmo”, publicou a escritora Roxane Gay no Twitter.

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    A internet foi inundada por imagens de comparação entre a resposta da polícia aos protestos do movimento antirracista Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) que tomaram o país em 2020. A conclusão dos internautas: aparentemente, policiais são muito mais dóceis com aqueles que carregam bandeiras defendendo Donald Trump do que George Floyd.

    “O privilégio branco está em exibição como nunca antes no Capitólio dos Estados Unidos”, tuitou o autor Ibram X Kendi.

    Embora ambos os lados tenham feito uso de bombas de gás durante a invasão, destaca-se uma fotografia em que um policial auxilia um dos apoiadores de Trump jogando água em seus olhos. Em outro registro, um invasor faz uma selfie cercado por policiais. Outro, ainda, mostra um membro da multidão arrastando um pódio do Congresso, sem resistência.

    A invasão aconteceu após um discurso em que o presidente americano prometeu nunca admitir sua derrota, desafiando a confirmação da vitória democrata pelo parlamento. Depois da multidão entrar no Congresso, Trump urgiu que todos fossem “para casa”, mas logo reforçou suas alegações falsas de fraude eleitoral.

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