Nesta terça-feira, Estados Unidos e Rússia concordaram em iniciar uma conferência para pôr fim ao conflito no país
Por Da Redação
7 Maio 2013, 21h50
Todas as conexões de internet na Síria caíram na noite desta terça-feira, segundo a rede americana CNN, citando vários sites de monitoração global. Empresas como o Google e entidades de monitoramento online como Renesys, Akamai e BGPmon disseram que seus serviços ficaram inacessíveis a partir das 21h45 (horário local) e que os sites de órgãos governamentais e da agência de notícia estatal também saíram do ar. Ativistas da oposição ao ditador Bashar Assad chegaram a relatar pelo Facebook que outros serviços, como celular e telefone fixo, também foram interrompidos. Damasco, a capital do país, também estaria em parte sem energia.
De acordo com Dan Hubbard, diretor de tecnologia da Umbrella Security Labs, empresa de análise de segurança online, as causas do corte da conexão ainda não estão claras, mas a interrupção pode ter sido realizada pelo governo de Assad. “Embora nós ainda não possamos comentar sobre o que causou a falha, incidentes passados estão ligados às ordens de paralisação dadas pelo governo e danos na infraestrutura, que incluem corte de fibras e quedas de energia”, disse.
Em novembro do ano passado, as conexões de internet e telefone ficaram três dias fora do ar, resultando no fechamento do principal aeroporto do país, situado em Damasco. Enquanto o regime culpava os rebeldes pelas interrupções, os ativistas de oposição acusavam o governo de Assad de estar preparando um massacre. Durante o corte, o regime realizou bombardeios contra a capital e regiões ao redor.
Na época, o embaixador dos Estados Unidos para a Síria, Robert Ford, disse a CNN que a Síria tem monitorado a internet por anos. “Eles têm usado a internet com a assistência do Irã para localizar ativistas da oposição, prendê-los e matá-los. Essa é a razão pela qual, em nossa ajuda não letal enviada a oposição, damos ênfase aos equipamentos de comunicação para ajudar o povo sírio a dizer ao mundo o que acontece dentro de seu país”, disse.
Conferência internacional – Ainda nesta terça-feira, os Estados Unidos e a Rússia concordaram em organizar uma conferência internacional para tentar acabar com o conflito na Síria. Em reunião realizada em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry, disseram que os dois lados da guerra civil – governo e rebeldes – devem participar da negociação política.
Os dois países, que costumam ter posições opostas sobre o assunto, concordam que o objetivo é criar um governo transitório na Síria, após de mais de dois anos de violência que matou mais de 70.000 pessoas. “A alternativa (à solução negociada) é que haja mais violência. A alternativa é que a Síria se dirija cada vez mais para perto do abismo, se não para o abismo, e para o caos”, disse Kerry, em entrevista coletiva.
A resolução da necessidade de um governo de transição já havia sido alcançada entre Washington e Moscou durante uma conferência em Genebra em junho do ano passado, mas questão o destino do ditador Bashar Assad havia sido deixada em aberto. O acordo nunca foi colocado em prática, porque o cessar-fogo provisório entre as duas partes também não foi cumprido. “Acreditamos que o comunicado de Genebra é o caminho a seguir para pôr fim ao derramamento de sangue na Síria”, declarou Kerry.
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